CONHECIMENTOS DE HOMILÉTICA
A ARTE DE
PREGAR SERMÕES
Dedicatória:
A todos aqueles que são “nascidos de novo” (João 3), para que possam estar
firmes na Palavra, conhecendo as profecias, crendo nelas, observando os sinais
dos tempos, para que não sejam “confundidos por Ele na Sua vinda” (1 Jo 2:28),
“Tendo o vosso viver honesto entre os gentios; para que, naquilo em que falam
mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas
boas obras que em vós observem” (1 Pe 2:12). Sabendo, principalmente, que: “...
ainda um pouquinho de tempo, e o que há de vir virá, e não tardará” (Hb 10:37).
Aos ainda não salvos, com a esperança de que se arrependam e creiam, o quanto
antes (Lucas 12:20), no Senhor Jesus Cristo, ÚNICO caminho que leva ao Pai
(João 14:6), sabendo que “em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do
céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”
(At. 4:12).
E, principalmente:
“... ao Rei dos séculos, imortal,
invisível, ao único Deus sábio, seja honra e glória para todo o sempre. Amém”.
(1Tm 1:17)
HOMILÉTICA
I
a arte de preparar e
pregar sermões]
DEFINIÇÃO DO TERMO
O termo Homilética é derivado do Grego
"HOMILOS" o que significa multidão assembléia do povo, derivando
assim outro termo, "HOMILIA" ou pequeno discurso do verbo
"OMILEU" conversar.
O termo Grego "HOMILIA"
significa um discurso com a finalidade de Convencer e agradar. Portanto,
Homilética significa "A arte de pregar".
A arte de falar em público nasceu na
Grécia antiga com o nome de Retórica. O cristianismo passou a
usar esta arte como meio da pregação, que no século 17 passou a ser chamada de
Homilética.
Vejamos algumas definições que envolvem
essa matéria:
Discurso - Conjunto de
frases ordenadas faladas em público.
Homilética - É a ciência ou
a arte de elaborar e expor o sermão.
Oratória - Arte de falar
ao público.
Pregação - Ato de pregar,
sermão, ato de anunciar uma notícia.
Retórica - Conjunto de
regras relativas a eloqüência; arte de falar bem.
Sermão - Discurso
cristão falado no púlpito.
FINALIDADE
O estudo da Homilética abrange tudo o
que tem a ver com a pregação e apresentação de práticas religiosas: como
preparar e apresentar sermões de maneira mais eficaz.
IMPORTÂNCIA DA MATÉRIA
Sendo a HOMILÉTICA a "Arte de
Pregar", deve ser considerada a mais nobre tarefa existente na terra. O
próprio Jesus Cristo em Lucas 16 : 16 disse: Ide pregai o evangelho...
Quando a Homilética é observada e
aplicada, proporciona-se ao ouvinte uma melhor compreensão do texto.
A observação da Homilética traz
orientação ao orador.
A ELOQUÊNCIA
ELOQUÊNCIA é um termo derivado
do Latim Eloquentia que significa: Elegância no falar, Falar bem, ou
seja, garantir o sucesso de sua comunicação, capacidade de convencer. É a soma
das qualidades do pregador.
Não é gritaria, pularia ou pancadaria
no púlpito. A elocução é o meio mais comum para a comunicação; portanto deve
observar o seguinte:
1. Voz - A voz é o
principal aspecto de um discurso.
Audível -Todos possam
ouvir.
Entendível- Todos possam
entender. Pronunciar claramente as palavras. Leitura incorreta, não observa as
pontuações e acentuações.
2. Vocabulário - Quantidade de
palavras que conhecemos.
Fácil de falar - comum a todos, de
fácil compreensão - saber o significado
Evitar as gírias, Linguagem incorreta,
Ilustrações impróprias.
ALGUMAS REGRAS DE ELOQUÊNCIA
- Procurar ler o mais que puder sobre o
assunto a ser exposto.
- Conhecimento do publico ouvinte.
- Procurar saber o tipo de reunião e
o nível dos ouvintes.
- Seriedade, pois o orador não é um
animador de platéia.
- Ser objetivo, claro para não causar
nos ouvintes o desinteresse.
- Utilizar uma linguagem bíblica.
- Evitar usar o pronome EU e sim o
pronome NÓS.
A POSTURA DO ORADOR
É muito importante que o orador saiba
como comportar-se em um púlpito ou tribuna. A sua postura pode ajudar ou
atrapalhar sua exposição.
A fisionomia é muito importe, pois
transmite os nossos sentimentos, Vejamos:
- Ficar em posição de nobre atitude.
- Olhar para os ouvintes.
- Não demonstrar rigidez e nervosismo.
- Evitar exageros nos gestos.
- Não demonstrar indisposição.
- Evitar as leituras prolongadas.
- Sempre preocupado com a indumentária.
(Cores, Gravata, Meias )
- Cabelos penteados melhoram muito a
aparência.
- O assentar também é muito importante.
Lembre-se que existem muitos ouvintes,
e estão atentos, esperando receber alguma coisa boa da parte de Deus através de
você.
CARACTERÍSTICAS DE UM BOM SERMÃO
O sermão é caracterizado como um bom
sermão não pela sua extensão e nem mesmo pelas virtudes do pregador, sejam
intelectuais ou morais, mas pelas qualidades do sermão:
1. UNÇÃO
Todo sermão deve ter inspiração divina.
Um sermão sem unção, ainda que tenha uma excelente estrutura, não apresentará
poder para conversão, consolação e edificação.
Devemos lembrar que ao transmitir um
sermão estamos não transmitindo conhecimento humano, mas, a Palavra de Deus, e
esta é a única que penetra até a divisão da Alma e Espírito, portanto é
fundamental a unção.
2. FIDELIDADE TEXTUAL
Fidelidade textual é importante, visto
que os ouvintes estão atentos ao texto de referência ou ao tema escolhido. Há
muitos pregadores que toma um texto como referência e depois se esquecem dele.
3. UNIDADE
Todo sermão tem um objetivo a ser
alcançado. O seu conteúdo deve convergir para um único alvo.
"Há sermões que são uma colcha de
retalho, uma verdadeira miscelânea de assuntos, idéias e ensinos".
4. FINAL
Tudo tem um começo e um final. O
Pregador deve ter em mente que o ouvinte está se alimentando espiritualmente.
Um sermão bem terminado será muito
produtivo ao ponto de despertar o desejo de querer ouvir mais.
RECOLHENDO MATERIAL
Quase toda pesquisa serve como base
para sermões. Todavia, é verdade incontestável que, quanto mais instrução tem
uma pessoa, tanto mais condição terá para preparar e apresentar sermões.
Toda pessoa que deseja ocupar-se na
obra do Senhor, e especialmente falar diante do público, deve formar
paulatinamente uma biblioteca segundo suas capacidades mentais e financeiras.
Os quatro primeiros livros a serem
adquiridos e que dever servir como bases da sua biblioteca são: Bíblia de
estudo; Dicionário bíblico; Concordância; Um comentário bíblico. Depois podem
ir adquirindo outros, de acordo com as necessidades.
COMO PREPARAR UM SERMÃO
1. DESCOBRIR O PENSAMENTO
CENTRAL
O pensamento central é a mensagem, ou
seja, é o Tema. Sempre procurar definir o tema no
sentido positivo. Será que existe Deus? É um tema indesejado,
pois suscitam mais dúvida do que fé. Como ser curado? É um
tema sugestivo, pois fortifica a fé.
Em alguns casos o pregador fala o
título (Tema) da pregação outras vezes não é necessário, porém no esboço é
aconselhável colocar.
O orador deve ser um homem de Deus e
que possui a mensagem de Deus e esta deve ter com fonte as Sagradas Escrituras.
O Título pode ser:
Imperativo Quando sugere
uma ordem. (Ide Marcos 16.15 )
Interrogativo Quando sugere
uma pergunta. (Que farei de Jesus? MT. 27.22)
Enfático Quando é
reduzido. (Amor, Fé)
A mensagem pode Ter várias origens:
Através da leitura da Bíblia.
A Bíblia contém argumentos, respostas,
exemplos, e ensinamentos para todos os seres humanos.
Cristo usou a Palavra de Deus (Bíblia)
para combater a Satanás. A Palavra de Deus é a primeira fonte do pregador. Como
fonte de inspiração para nossos sermões deve observar os recursos internos e
os externos.
As literaturas religiosas e não
religiosas.
Todas as literaturas podem ser fontes
de inspiração para o pregador desde que esteja sob a orientação do Espírito
Santo.
As fontes podem ser: jornais, revistas
etc. Os livros religiosos são boas fontes de inspiração, pois constitui também
na Palavra de Deus.
Em uma observação.
É uma rica fonte de inspiração, desde
que o pregador esteja atento, pois Deus pode transmitir uma mensagem de várias
maneiras.
Mateus 6:28 E pelo que haveis de
vestir, por que andais ansiosos? Olhai para os lírios do campo, como crescem;
não trabalham nem fiam; o pregador deve observar: Rios, pedras,
árvores, animais, etc.
Através da oração;
Na letra de um hino;
Em obras literárias (religiosa ou não
).
2. PREPARAR A INTRODUÇÃO
É o início da pregação.
O ideal é que a introdução seja algo
que prenda logo a atenção dos ouvintes, despertando-lhes o interesse para o
restante da mensagem.
Pode até começar com uma ilustração, um
relato interessante, porém sempre ligado ao tema do sermão.
Outro recurso muito bom é começar com
uma pergunta para o auditório, cuja resposta será dada pelo pregador durante a
mensagem. Se for uma pergunta interessante, a atenção do povo esta garantida
até o final do sermão.
A introdução produz a primeira
impressão aos ouvintes e esta deve ser boa.
Não é aconselhável ultrapassar os cinco
minutos.
Nunca ( em hipótese alguma ) dizer que
não está preparado ou foi surpreendido.
3. ESCOLHA DO TEXTO
É imprescindível a escolha de um texto
que se relacione com o tema do sermão porém adequado. Vejamos o tipo de textos
que devemos evitar:
Textos longos Cansam os
ouvintes. (Salmo 119 )
Textos obscuros Causam polêmicas no
auditório. (I Cor. 11:10 Véu)
Textos difíceis Os ouvintes não
entendem. ( Ef. 1:3 Predestinação )
Textos duvidosos “E Deus não
ouve pecadores" ( João 9:31 )
Texto é importante por quê?
- O texto chama a atenção dos ouvintes.
- O texto desperta o interesse em
conhecer a Palavra de Deus.
- O texto ajuda na exposição do sermão.
- O texto facilita ao ouvinte entender
o assunto exposto.
Devemos escolher o texto em toda a
Bíblia e não somente no Novo Testamento.
4. ESCOLHER O MÉTODO APROPRIADO
De posse do pensamento central e o
texto escolhido, deve-se determinar o método a ser utilizado. Existem muitos
textos e temas que permitem a escolha de qualquer um dos métodos, porém há
temas que não permitem.
CLASSIFICAÇÃO DO SERMÃO
O sermão é classificado por duas
formas, a saber: pelo assunto ou pelo método, podendo ser discursivo ou
expositivo.
1. Pelo assunto
- Doutrinário. É aquele que expõe
uma doutrina. (Ensinamento )
- Histórico. É aquele que narra
uma história.
- Ocasional. São aqueles
destinados a ocasiões especiais.
- Apologético. Tem a finalidade de
fazer apologia. (defender )
- Ético. É quando exalta a
conduta e a vida moral e ética.
- Narrativo Quando
narra um fato, um milagre.
- Controvérsia tem por
finalidade atacar erros e heresias.
2. Pelo método
- Topical ou Temático.
É aquele onde a divisão faz-se pelo
tema. Todas as divisões devem derivar do tema.
A melhor forma é fazer perguntas ao
tema escolhido, tais como: Por quê? Como? Quando? O Que? Onde?
- Textual.
São aqueles onde a sua divisão
encontra-se no próprio texto. É um método muito bom, pois oferece aos ouvintes
a oportunidade de acompanhar, passo a passo a exposição do sermão.
- Expositivo.
Quando os textos são longos. Este pode
expor uma história ou uma doutrina. ( Parábola, Milagre, Peregrinação, Pecado)
Em certo sentido todo sermão é
expositivo, mas aqui indica a extensão do texto.
DIVISÃO DO SERMÃO
O Sermão deve possuir divisões, que
permitem um bom aproveitamento do assunto que vai ser apresentado:
1. Introdução (Exórdio)
Tem por finalidade chamar a atenção dos
ouvintes para o assunto que vai ser apresentado e também para o pregador.
Tem que ser apropriado e deve estar
relacionado com o tema, mas cuidado para não antecipar o sermão.
Neste momento o pregador vai se
familiarizar com o auditório, cuidado especial teve ser tomado quanto ao
entusiasmo, pois o povo pode ainda estar frio.
Deve ser breve, é muito importante,
pois é a primeira impressão produzida nos ouvintes. Pode conter: o anúncio do
tema, texto a ser lido.
2. Texto
É trecho lido pelo orador, podendo ser
um capítulo, uma história, uma frase ou até mesmo uma palavra.
Quando o texto é bem escolhido o
pregador desperta nos ouvintes o desejo de conhecer mais a Palavra de Deus. Não
devemos escolher textos proferidos por homens ímpios ou por Satanás. Escolha
textos que tragam estímulo, lição etc. Evite textos que provoquem repugnância,
gracejos ou que descrevem cenas da vida sexual.
3. O corpo
É a parte mais linda porque aqui se
revela a Mensagem como Deus que dar.
É o mesmo que desenvolvimento do
sermão.
O corpo é a seqüência das divisões do
sermão e pode ter de 2 a 5 divisões (quanto mais divisões mais complexo ficará
o sermão) e ainda conter subdivisões.
Deve chamar à consciência dos ouvintes
para colocar em prática os argumentos expostos.
O pregador deve saber colocar em ordem
as divisões, ou seja, os pontos que vão ser incluídos na mensagem; geralmente,
convém ordenar os pontos a fim de que aumentem em força até terminar com o mais
forte.
Esta é uma regra geral que pode ser
aplicada a todos os pontos de ensinamento.
4. Conclusão
A conclusão é o fechamento do sermão e
deve ser bem feita, um sermão com encerramento abrupto é desaconselhável.
A conclusão deve ser breve e objetiva.
É um resumo do sermão, uma recapitulação e reafirmação dos argumentos
apresentados.
Durante a conclusão pode efetuar um
convite de acordo com a mensagem transmitida.
ILUSTRAÇÃO
A ilustração ajuda na exposição
tornando claro e evidente as verdades da Palavra de Deus.
A ilustração atrai a atenção, quebrando
assim a monotonia, e faz com que a mensagem seja gravada nos corações com mais
facilidade.
As ilustrações também ajudam na
ornamentação do sermão tornando-o mais atraente, porém o pregador deve ter o
cuidado de não ficar o tempo todo contando "histórias".
Vamos comparar dois pregadores que
estarão explicando o que é Ter fé.
Primeiro Pregador.
Ter fé é uma atitude da mente, da
vontade, das emoções, em que todo o ser humano, conscientemente e
inconscientemente, resolve comportar-se de acordo com certas verdades,
percebido primeiramente pela mente, depois sentidas...
Segundo Pregador.
Um homem está se afogando. Ele grita
desesperadamente e de repente vê a bóia que alguém lhe jogou. Com toda a força
a agarra. Imediatamente se apóia nela. Está salvo! Isso é Ter fé.
Existem basicamente dois tipos de
ilustrações.
Comparação da verdade que
se deseja ilustrar com outra coisa ou situação bem conhecida, que seja
semelhante, ex. " Eu sou o pão da vida ".
Caso concreto da idéia geral
que se quer ilustrar, ex. " Paciência de Jó ".
APLICAÇÃO
É a arte de persuadir e induzir os
ouvintes a entender e colocar em prática em sua vida. Pode ser feita ao final
de cada divisão ou de acordo com a oportunidade.
Deve ser dirigida a todos, com muito
entusiasmo apelando à consciência e aos sentimentos dos ouvintes
ENTREGANDO O SERMÃO
Para os que não estão acostumados a
pregar, um dos problemas mais críticos é o nervosismo, sentem-se amedrontados,
começam a tremer e transpirar, pensam que não vão achar o que dizer, ou vão
esquecer-se e etc.
Não são apenas os novatos que sentem
medo, ainda existem muitos com experiência que se sentem assim.
Apresentaremos 3 passos importante que
o pregador deve dar para amenizar o nervosismo durante a pregação:
1. Respirar forte e relaxar,
2. Orar e crer no Senhor,
3. Estudar bem a mensagem.
Existem pregadores que cansam os
ouvintes, pelo tempo, pelo despreparo ou até pela imprudência.
Há também aqueles que se movimentam
como fantoches ou ficam estáticos como múmias.
Se puder não ultrapasse aos 45 minutos,
procure evitar ultrapassar os limites, observe o auditório, não julgue que
todos estão gostando, pois o "Amém, Amém" talvez seja para parar.
Procure olhar nos olhos das pessoas e
nunca ficar olhando somente para uma única pessoa, nem mesmo para o relógio,
parede, janelas, pés, teto ou ficar com os olhos fechados.
MÉTODO DE PREPARAR E PREGAR SERMÕES.
Existem três métodos pelos quais os
pregadores podem preparar e pregar:
1- Escrever e ler o sermão
Traz habilidade ao pregador em
escrever, ter um estilo sempre correto, perfeito e atraente, visto que emprega
as palavras com bastante cuidado e segurança.
Conserva melhor a unidade do sermão,
evitando assim que o pregador vá para o púlpito nervoso e preocupado com vai
falar.
Pode citar os textos bíblicos com
bastante precisão, e gastar menos tempo em dizer o que tem a transmitir.
O pregador deve ter cuidado, pois este
método traz alguma desvantagem tais como:
Muito tempo para escrever, fica preso a
leitura e pode perder o contato com os ouvintes, não é simpático ao povo e nem
todo pregador sabe ler de maneira que impressione.
2- Escrever, decorar e recitar o sermão
Possui muitas vantagens como exposto no
método anterior, tem mais vantagem porque exercita a desenvolver a memória, e
deixa o pregador livre para gesticular, parece mais natural.
Cuidado deve ser tomado, pois o
pregador pode esquecer uma palavra ou frase, pondo assim em perigo todo o
sermão é cair em descrédito.
3- Preparar um esboço e pregar
O pregador gasta menos tempo em
preparar o sermão, habitua-se a desenvolver o pensamento e fica-se livre para
gesticular.
O pregador fica livre para usar sua
imaginação, criatividade e usar ilustrações que se lembrar no momento, também
podem expandir seu temperamento emocional.
Este é o método mais utilizado na
oratória.
Cuidados também devem ser tomados pois
o pregador perde o hábito de escrever, pode se empolgar com a mensagem e
esquecer o tema e o estilo não é tão apurado e elegante como os escrito.
ESTUDO BÍBLICO
Consistem os estudos bíblicos em
escolher uma idéia central e depois, através da Bíblia, fazer um estudo das
passagens que se relacionam com a idéia central. Para se conseguir isso,
geralmente se necessita de uma concordância.
O segundo passo é escolher e determinar
os pensamentos que vão ser usado como divisões do tema.
Depois escolher, dentre os muitos
textos relacionados com o assunto, quais vão ser usados no desenvolvimento da
exposição.
Geralmente se usa um ou dois textos,
dos mais importantes e claros, no desenvolvimento de cada divisão.
Para desenvolver de maneira contínua a
mensagem, e não ter que parar para procurar as passagens na Bíblia, convém
copiá-las no esboço.
Essa forma de exposição tem muito
valor, porque apresenta o ensinamento global da Bíblia referente a um assunto,
e é fácil de desenvolver.
PREPARANDO SERMÕES
1. Sermão Topical ou Temático.
Como já estudamos, o sermão Topical é
aquele cujas divisões são derivadas do Tema. Uma forma lógica e prática para o
desenvolvimento de um sermão Topical é a utilização das perguntas básicas?
Por quê? Quando? Como? Onde? O que?
Obs. Estas perguntas deveram ser feitas
ao texto e não as pessoas.
Confissão
I João 1:9 Se confessarmos os nossos
pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda
injustiça.
I - O que devemos confessar?
A ) Nossos pecados
B ) O Nome de Jesus
C ) O poder de Deus
II - Como confessar?
A ) Com sinceridade
B ) Com fé
III - Quando devemos confessar?
A ) Agora mesmo
B ) Ao ouvir a Palavra de Deus
IV - Qual o resultado da confissão?
A ) Paz
B ) Perdão
C ) Comunhão
CONHECIMENTOS
DE HOMILÉTICA II
A ARTE DE
PREGAR SERMÕES RELIGIOSOS
COMO PREPARAR
SERMÕES.
COMO
APRESENTAR A MENSAGEM DE DEUS.
LEITURAS: Mt 28:18; Mc 16:15-20; 11Tm
4:1-5.
INTRODUÇÃO: O que é
Homilética?
A arte de bem falar em público
(especialmente em púlpito); teoria da eloqüência.
Homilia: Prática sobre assuntos
religiosos; seria discurso fastidioso sobre moral.
Como discurso religioso, falamos sobre
a arte de bem falar no púlpito da igreja.
A IGREJA E A PREGAÇÃO DO EVANGELHO.
A suprema tarefa da igreja do Senhor
Jesus Cristo, no mundo, é a evangelização, Mc. 16:15; Mt. 28:19;
Jo. 20:21; At. 1:8. “Evangelizar significa proclamar a verdade "; boas
novas.
Pregar: anunciar;
ensinar sob forma de doutrina; aconselhar; inculcar; fazer sermões.
Sermão: discurso religioso,
pronunciando no púlpito; prédica.
Púlpito: tribuna de onde
pregam os sacerdotes; eloqüência sagrada.
A evangelização praticada pela igreja
no período do novo testamento continua como modelo da igreja hoje, a
modernidade não mudou a mensagem que Jesus, Pedro, Paulo e outros pregam.
Havia 2 pontos básicos na igreja
inicial; At 5:42; 2:40-41; 4:4.
Praticava evangelismo pessoal, nas
casas; de casa em casa; de pessoa em pessoa.
Praticava evangelismo em massa
(campanhas ), no templo e para multidão, "com anzol e com rede".
É importante reconhecer que o
evangelismo pessoal é o método tradicional mais eficiente para obter resultados
positivos e profundos. Sempre tem decisões mais conscientes, Jo. 3:4-5.
Cada cristão deve ser uma testemunha
ardente, do poder regenerador do evangelho e proclamá-lo.
A igreja tem muito a perder por se
esquecer do evangelismo pessoal.
Evangelismo de massas é proveitoso e
rápido, Mt. 24:14; com sinais, At. 3:5-6; 14:7-11.
Exige-se um bom conhecimento de cada
proclamador, At 18:26; 1 Co. 3:9, é necessário preparação, pois você é um
representante do rei dos reis e Senhor dos Senhores.
A PREPARAÇÃO
É indispensável estar preparado em duas
áreas: espiritual e natural.
Na área espiritual temos que se
preocupar com:
a) sua piedade pessoal; disponibilidade
para Deus.
Piedade: respeito e amor, devoção às
coisas religiosas.
b) Seu conhecimento da palavra, pois
vai interpretar a palavra.
c) Sua fé e coragem.
d) Sua convicção de chamada junto com a
reconhecida vocação cristã.
e) Sua humildade.
f) Seu espírito de oração, canal livre
para a comunhão com o alto.
g) Sua visão da obra.
h. Sua
sensibilidade espiritual e uma unção plena do Espírito Santo.
Na área natural deve tomar cuidado com:
a) Seu desenvolvimento sóbrio e fecundo
de sua inteligência.
b) Seu exercício continuo e sábio de
sua memória.
c) Seu adestramento constante de
dicção.
d) Seu cuidado dia e noite com saúde
pessoal.
e) Aperfeiçoamento do idioma.
f) Sua expansão honesta, humilde e
inteligente da cultura.
g. Sua
preparação psicológica.
Pregar o evangelho não é somente fazer
discursos ou sermões, é falar em nome de Deus, 1Co. 1:21; Is. 52:7; Rm. 10:15.
"Vamos dar a pregação o prestígio que o Senhor lhe deu e ele nos dará o
êxito que ele mesmo conquistou.
DEFINIÇÕES DE HOMILÉTICA
"Homilética é a arte de pregar
sermões religiosos".
"Estudo das maneiras de se
preparar e apresentar a mensagem cristã".
II Tm. 2:15- Nós devemos nos preparar.
Gn. 49:21-"Formosos segundo o
espírito de Deus".
Todo pregador é um edificador, Hb.3:4;
1Co.3:10. O pregador é o que anuncia a palavra certa no tempo certo, Pv. 25:11,
Maçã significa alimento, ouro significa metal por excelência, prata significa
redenção.
CARACTERÍSTICAS DA PREGAÇÃO
Deve ser bíblica.
É um crime utilizar o púlpito e não
pregar a bíblia. "Os pentecostais são acusados de incluir demasiadamente
textos bíblicos em suas mensagens". Certamente aí está o segredo do
crescimento, II Tm. 4:2a, nunca irá faltar na bíblia mensagens para o pregador,
pois nela esta toda a fonte de verdade e inspiração.
Deve ser reduzida a uma expansão
bíblica. Os ouvintes jamais irão reter na memória todas as verdades que escutam
do pregador, então é necessário ter cuidado para centralizar a mensagem em
Cristo Jesus e sua palavra.
A PREGAÇÃO DEVE CONTER MENSAGEM
Que produza efeitos positivos.
A pregação não deve ser como um conto
vulgar é uma forma de comunicação sublime, o pregador recebe de Deus uma
mensagem, que então transformará aos homens. "Ele é veículo que
levará". Exigem-se dedicação para se ter frutos na colheita.
O Pregador deve pregar somente a
verdade. O mundo necessita de uma transformação, mudança de vida, de natureza,
de costumes, que somente a verdade de Deus pode produzir.
A PREGAÇÃO DEVE SER COM CONVICÇÃO
Todas as verdades que estão nas páginas
da Bíblia são indiscutíveis, 1Pe 1:20-21; Jo 17:17.
Ninguém pode ter sucesso como pregador
se não tiver convicção naquilo que prega.
O pregador tem que crer no fruto de sua
semente. É melhor não pregar, do que pregar e não crer na própria pregação, Rm
10:8.
"Toda pregação de fé, tem
sucesso".
CRISTO DEVE SER O CENTRO DA PREGAÇÃO
A plataforma evangélica existe para que
se pregue a Cristo.
Existem muitas maneiras de se começar
uma pregação, porém há uma só maneira de se terminar: Apresentando a Cristo.
Nada, nem ninguém podem tirar-lhe o
lugar na pregação.
INICIA-SE A PREGAÇÃO PARTINDO DE UM TEXTO BÍBLICO
Uma mensagem sem um texto Bíblico que a
respalde, é como um trem sem os trilhos.
"Um texto sem contexto pode ser
mero pretexto".
O pregador deve ser sábio ao escolher e
utilizar o texto. O melhor comentário da bíblia continua sendo ela mesma.
É aconselhável pregar somente textos
curtos e conhecidos do pregador.
"Aquele que não ordena seus
pensamentos, não pode ser senhor de suas palavras".
"Ordene bem suas palavras e serás
ouvido".
Não grite como louco: "O grito é a
manifestação cabal de quem não tem o argumento".
PREGADOR E PREGAÇÃO SIMPLES TEM BOM RESULTADO
Simplicidade não é desleixo nem falta
de conhecimento. Não é ignorância.
Ritualismo, formalismo e artificialismo
são os grandes inimigos do pregador,
11Co 11:3b. "A autoridade de Jesus
não foi posta em dúvida por sua simplicidade".
Os gestos devem ser simples. A atenção
do povo deve estar na palavra e não no orador. No final eles devem falar bem da
pregação e não do pregador. (Fora com aquelas perguntas: Como você acha que eu
fui? O povo gostou de mim?)
Devem-se evitar dois extremos: A
imobilidade e a dramatização.
Pregador não é uma estátua, nem
tampouco palhaço, artista.
Linguagem simples e não linguagem
"chula".
Coração simples, como pombas, Mt 10:16.
Nessa simplicidade evitará você de pregar por pão.
"Pregue para 5 como se estivesse
pregando para mil; pregue para mil como se fosse 5; com a mesma simplicidade e
entusiasmo".
A PREGAÇÃO TEM TRÊS MÉTODOS:
Pode ser:
Textual. Examina um
texto Bíblico literalmente e detidamente.
Expositiva. Exige muito
conhecimento do pregador, pois vai fazer uma exposição lógica e objetiva do
texto apresentado.
Por tópicos. Divide-se um texto em
várias partes lógicas que exige argumentação progressiva até a aplicação final
que é o clímax da mensagem.
Qualquer que seja o método é necessário
ter-se um texto.
a. O
texto desperta interesse na Palavra de Deus.
b. Inspira
confiança na Palavra.
c. Outorga
autoridade ao pregador.
d. Orienta
o público baseado na Palavra.
COMPOSIÇÃO DA MENSAGEM (SERMÃO)
São três partes que compõem um sermão:
Integrantes, não integrantes e
auxiliares.
Integrantes:
a. Introdução
– começo "Sempre curto e objetivo".
b. Corpo
– a parte central.
c. Conclusão
– curta, simples e objetiva. "Não fique dizendo: "Já estou
terminando"; pois acabará por mentiroso e tirando a atenção dos sinceros
ouvintes.
Não integrantes:
a. O
texto das escrituras lido diante dos ouvintes.
b. Tema
– ligado ao texto, e o que irá conduzir a mensagem em perfeita unidade.
Há muitos temas:
Temas gerais: Fé, Salvação,
Trindade....
Temas específicos; temas doutrinários;
tema prático; tema evangelístico; tema ocasional.
c. Duração
– É necessário saber quanto tempo se tem para pregar. Hoje geralmente o tempo é
muito curto, talvez por que muitos dirigentes não dão prioridade a santa
Palavra, ou pensa que o povo não quer ouvir a Palavra.
Outros pensam que o povo os quer ouvir
pelo resto da vida, e desandam a falar até o "raiar do dia"; quando
se têm o que dar sempre terá gente para ouvir, duro é ficar 1 ou 2 horas ouvido
"ladainha".
d. Tipo
de ouvintes – Fazer identificação dos ouvintes:
Idade, posição, lugar, temperatura,
conhecimento do evangelho, sistema de som...
Elementos auxiliares: - São ao que
dão corpo a mensagem, subsídio: Referências, história, ilustrações...
Pregar o evangelho não pode ser
considerado uma aventura, uma profissão, um negócio. É um privilégio.
O CONHECIMENTO QUE O PREGADOR DEVE TER DA BÍBLIA
Quem deseja ser um bom pregador do
Evangelho, deverá identificar-se com a Bíblia, conhecer sua origem, sua
composição, estrutura, seu propósito, seu caráter e seus efeitos.
A Bíblia:
Escrita por mais ou menos 40 autores,
durante um período de 16 séculos, é um verdadeiro milagre.
a. É
um livro para ser buscado, Jo 5:39, "Examinai-o".
b. Crido,
Jo 2:22.
c. Lido,
1Tm 4:13. "Existe pregadores que nunca leram a Bíblia". Só copiam
sermões, parecem papagaios: Só repetem o que ouviram outros pregarem.
d. Recebido,
1Ts 2:13.
e. Confirmado
e aceito, At 17:11.
A inspiração da Bíblia é divina, obra
do Espírito Santo, At 1:16; 11Tm 3:16; Hb 3:17; 11Pe 1:21; 11Pe 1:23-25; 11Sm
23:2; Êx 4:12...
66 livros em duas partes:
39 no Velho Testamento e 27 no Novo
Testamento.
A pessoa central é Cristo, Lc 24:25-27;
Jo 5:39; At 10:43.
O Velho Testamento foi escrito para
nosso exemplo, 1Co 10:6,11.
Para compreender é preciso buscar ajuda
do Espírito Santo, Lc 24:45; Sl 119:18.
Há muitos objetivos:
a. Avisar
aos crentes, 1Co 10:11.
b. Manifestar
o cuidado de Deus, 1Co 9:9-10.
c. Ensinar
e instruir, Rm 15:4.
d. Aperfeiçoar
o cristão para toda boa obra, 11Tm 3:16-17.
e. Fazer
o homem sábio para salvação, 11Tm 3:15.
f. Produzir
fé na divindade de Cristo, Jo 2):31.
g. Produzir
vida eterna, Jo 5:24.
Contém:
História, poesia, profecia biografia,
arqueologia, mineralogia, Oceania, astronomia...
Nela está o boiadeiro, o rei, o
profeta, o médico, o pescador, mestres...
"A Bíblia é o único livro que foi
escrito por todos os materiais e em todos os métodos inventados pelo homem,
pedra, bronze, prata, couro, ferro, barro...
Alguns testemunhos de que a Bíblia é a
Palavra de Deus:
a. Sua
unidade.
b. Sua
divina inspiração. Expressões como: "Assim diz o Senhor", "E
veio a mim a Palavra do Senhor". Há como 2:500 vezes.
c. As
profecias sobre a pessoa de Jesus.
d. Informações
científicas, Is 40:20-22; Jó 38:35; Ap 11:9; Na 2:34.
e. Preservação
maravilhosa.
f. Seus
nomes e títulos, Hb 4:14; 11Tm 2:15; Lc 24:32; Sl 1:2; Is 34:16.
g. Experiências
transformadoras daqueles que a tem lido.
A Bíblia é o único livro que tem a
natureza de Deus em si mesma: Eternidade,
santidade, pureza, perfeição e verdade.
É o livro texto do pregador:
a. A
convicção do pecado pela pregação, At 2:14-37.
b. A
fé que possui o cristão, Rm 10:17.
c. A
pureza interior pela Palavra, 11Co 7:1.
d. Segurança
do cristão provém da Palavra, 1Jo 5:13.
e. As
raízes de nossa consolação, 1Ts 4:18.
COMO ESTUDAR A BÍBLIA
Primeiro tem que se conhecer a Cristo
pessoalmente em experiência, filiação e interiormente.
a. É
necessário depender do Espírito Santo, Ele é o mestre, revelador de segredos e
o glorificador de Cristo.
b. Amar
o conhecimento. Conhecimento com humildade, sinceridade e com perfeito amor.
c. É
necessário cuidar da vida de oração. Orando falamos com Deus, o inspirador da
Bíblia; então fazemos uso das chaves que abre as portas.
d. É
necessário um espírito obediente, ao que a Bíblia diz, ordena e proíbe.
e. É
necessário ser perseverante: Na leitura, meditação e na retenção do
conhecimento; sem preguiça. "O diabo tenta todo mundo, mas, o preguiçoso
tenta o diabo".
f. É
necessário ter fé. Fé para aceitar tudo o que a Bíblia afirma, para entender
tudo o que ela ensina, e fé para descansar em tudo o que a Bíblia promete.
DICAS QUE PODEM AJUDAR
a. Ao
contar um testemunho não detalhe muito, ou então escreva um livro.
b. Nunca
olhe para uma só pessoa, ainda que sinta algo diferente (de Deus) ao olhar para
essa pessoa. Lembre-se que você está pregando para todos.
c. Nunca
"vença" o povo pelo cansaço. Não obrigue o povo a dar glória ou
aleluia só para satisfazer teu ego, ou para ter sensação que a tua prédica tem
resultado.
d. Não
grite. Não confunda grito com eloqüência. Do tipo: (receba, receba
recebaaaaaaaaaaaa!). ( Dá glória, Dá glória, Dá glória, Dá glóriaaaaaaaa!) (
Olhe o anjo, Olhe o anjo, Olhe o anjooooooooo!) ( Shiiiiiiiiiiiii, escuta o
poder, escuta o poder shiiiiiiiiiii). "OGRITO É A MANIFESTAÇÃO CABAL DE
QUEM NÃO TEM O ARGUMENTO".
e. Não
desrespeite os companheiros de púlpito, ou o pastor da igreja em que estás.
(Aparentemente falar mal dos obreiros trás alegria aos descontentes).
f. Faça
o que te foi pedido para fazer, não invente nada.
g. Não
fique estático, você não é uma múmia; não fique pulando tanto, pois não és um
palhaço. A comédia tem sua hora e se for bem colocada pode até ajudar a
compreensão dos ouvintes e evitar o cansaço. Dizem que o pregador pode dar
alguns passos para os lados e para trás, 4 vezes em 40 minutos. Imagine aqueles
que gostam de pegar o microfone só para ficarem saracoteando no púlpito,
exigindo "espaço" como se fossem dançar ou pular corda. A boa regra
de Homilética diz que não se deve pegar o microfone na mão, a não ser se for
necessário. (Toda regra tem exceção) Se você tiver boas palavras todos irão te
ouvir.
h. Observe
se estás sendo ouvido; ser ouvido é uma coisa sendo entendido é outra. (Observe
que você pode não estar agradando, mas, sendo ouvido, pois a Palavra de Deus
sempre será perseguida, não querem ouvir). Mas não confunda. Um prego bem
batido vale por dez tortos. O muito falar faz tropeçar.
i. Nunca
preencha lacunas com "amém" , "né", ou coisa assim.
j. Não
pronuncie palavras feias, de baixo calão, ridículas ou indecorosas. Treine seu
vocabulário; as palavras ditas no quintal de sua casa não deve ser a mesma que
você dirá no púlpito.
k. Não
cruze ,os braços ou debruce em cima do púlpito; púlpito não é cama.
l. Antes
de iniciar, enquanto assentado no púlpito, não fique conversando com os colegas
de lado e nem escorando de um lado para o outro ou pernas abertas e, nem limpar
as narinas (isso deve ser feito em oculto, no banheiro ou secretaria). Púlpito
é exemplo de elegância e comportamento social, além de ser um lugar santo e de
reverência.
m. Púlpito
é lugar de se pregar a Palavra de Deus, então pregue como se Deus estivesse em
teu lugar.
n. O
teu próximo pode ser o teu espelho. É observando que se aprende. Tenha um
espírito de crítica construtiva, e permita que te critiquem.
o. Cuidado
com as ondas e modismo de outros pregadores, antes de copiá-las, analise-as
pela Palavra de Deus e os costumes gerais. A arte está em não copiar nada na
integra, ou se tira algo, ou acrescenta-se algo.
p. Aprenda
ética ministerial para que saibas o teu limite.
q. Cuidado
com aqueles que gostam de dizer: "Deus falou para mim...."
r. Cuidado
para não dizer algo que machuque seus companheiros que estão na sua retaguarda,
afinal o pastor local, seus obreiros, é que ficam anos e anos ali enchendo o
templo para você ir lá pregar; portanto não estrague com 45 minutos o trabalho
de meses ou anos. (ousadia não é estupidez)
s. Não
pense que porque está ali no púlpito você é melhor que todos os obreiros locais
ou da região. (Quando saem dizendo: "Em tal região ou em tal campo não se
tem pregadores.") Senão tivesse você não encontraria ali igreja ou templo
para pregar.
t. Por
ultimo, não pregue por oferta, ou quantia estipulada que as vezes são absurdas.
Lembre-se: "Se exijo o que mereço, sou medido pelo que sou; se confio na
graça de Deus sou medido pelo o que Deus é."
Pregar é falar em lugar de Deus, é o
próprio Deus falando. Não torne pouco as coisas de Deus. Somos apenas um canal.
Que esta.
HOMILÉTICA III
INTRODUÇÃO
O obreiro precisa saber comunicar a
Palavra de Deus com eficiência e de maneira clara. Surge então, a necessidade
da Homilética.
I – PORQUE PREPARAR SERMÕES?
"Sermão é Deus quem dá". Por
que há níveis diferentes de sermões? Por que há pregadores melhores que outros?
Todos os sermões e todos os pregadores deveriam ser uniformes. Há culto
narcisismo nos púlpitos. Quase todos os pregadores se acham bons e não gostam
de ser corrigidos. Corrigir um pregador não significa duvidar de sua vocação.
Há pregadores que encara o preparo do sermão como descrença no poder espiritual
deles.
1. O valor da pregação
Helmut Thielicke, famoso pregador
alemão, disse: "Onde quer que encontremos, hoje em dia, uma congregação
cheia de vida, encontraremos no centro uma pregação cheia de vida". Com
isto podemos entender que a pregação é a principal tarefa do pastor.
2. Definição de pregação
Brook – "É a comunicação da verdade
por um homem a outros homens."
Pattison – "É a comunicação verbal
da verdade divina com o propósito de persuadir."
3. Definição de Homilética
"É a arte de pregar sermões",
"a ciência da pregação", "arte de fala religiosa". Do
grego: "Homileo" (conversa, fala, em espírito de camaradagem).
4. Objetivo da Homilética
Ajudar na confecção de sermões para uma
pregação mais eficiente. Isto porque beneficia o pregador (torna mais fácil a
pregação do sermão) e beneficia o auditório (um sermão homileticamente preparado
é mais assimilável). Muitos sermões falham por ser absolutamente sem ordem. As
idéias são confusas e a pregação perde o sentido, por completo. Talvez chegue o
tempo em que poderá dizer-se: "Felizmente a vida não é como o sermão do
pastor, porque a vida, apesar de tudo, tem algum sentido, enquanto o sermão do
pastor não tem nenhum".
5. A Homilética não é:
a) Substituta da vida espiritual;
b) Substituta do Espírito Santo;
c) Uma garantia de ministério
eficiente.
6. A Homilética é:
a) Um auxiliar no estudo e análise do
texto;
b) Um auxiliar na exposição de idéias;
c) Uma compreensão de que o sermão tem
muito a ver com o pregador. O pregador é o sermão.
d) Uma compreensão de que Deus colocou
no mundo recursos que devemos aproveitar. Inclusive os da ciência da
comunicação verbal.
II – OBJETIVO GERAL DO SERMÃO
O objetivo geral é o propósito geral do
sermão, a categoria a que ele se encaixa em termos de fim último. O que se
pretende com um sermão? Ocupar o espaço no culto? Dar algum material para o
povo pensar? Os ouvintes de um pregador ou são salvos ou são perdidos. A quem
se destina o sermão? A ênfase no seu conteúdo se para os salvos, se para os
perdidos, é o que determina o seu objetivo geral. São seis os objetivos gerais
do sermão, conforme Crane. (El sermon eficaz pg. 57-75):
1) Evangelístico.
2) Doutrinário
3) Devocional.
4) Consagração.
5) Ética (ou moral).
6) Alento (pastoral). Destina-se a
crentes e não crentes.
1. Sermão evangelístico.
Sua finalidade é persuadir os perdidos
a aceitarem Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Infelizmente, os sermões
evangelísticos são, hoje, repletos de frases feitas: "Deus te ama",
"Você pode morrer esta noite", "Vem agora", etc. No
entanto, um sermão evangelístico pode ter um bom conteúdo (O evangelista não
necessita de pobreza de idéias no cumprimento de sua missão). Quatro verdades
devem se delinear no sermão evangelístico:
a) O homem natural está perdido;
b) A obra redentora é de Cristo;
c) As condições pelas quais o homem se
apropria da obra redentora de Cristo;
d) A necessidade de uma decisão, se não
pública, pelo menos no íntimo.
2. O sermão doutrinário.
Sua finalidade é instruir os crentes
sobre as grandes verdades da fé e como aplicá-las, portanto, é didático. O dom
de ensino era muito difundido no cristianismo nascente. Jesus era intitulado de
"Mestre" e os seus seguidores de "discípulos". O sermão
doutrinário atende quatro funções na vida da igreja:
a) Atende o desejo de aprender que
existe na vida do crente;
b) Previne contra as heresias;
c) Dá embasamento à ação;
d) Contribui para o crescimento dos
ouvintes e do próprio pregador.
3. O sermão devocional
Sua finalidade é desenvolver nos
crentes um sentimento de amorosa devoção para com Deus, despertando sentimento
de louvor.
4. O sermão de consagração
Sua finalidade é estimular os crentes a
dedicarem talentos, tempo, bens, influência, vida, etc., ao serviço de Deus.
Estimula a igreja para vocação, abertura de novos trabalhos, ofertas
missionárias, etc.
5. O sermão ético ou moral
Sua finalidade é orientar os crentes
para pautarem suas condutas diárias e relações sociais de acordo com os
princípios cristãos. Assuntos que cabem aqui: Matrimônio, adultério, divórcio,
justiça social, racismo, dignidade da pessoa.
6. O sermão de alento (ou pastoral)
Sua finalidade é fortalecer e alertar
os crentes no meio de crises pessoais ou comunitárias. Focalizam o cuidado de
Deus para com o seu povo e o livramento que o Senhor opera.
III - OBJETIVO ESPECÍFICO DO SERMÃO
É a aplicação do objetivo geral a uma
determinada congregação. (Primeiro se encontra o objetivo geral e depois o
objetivo específico). Há duas considerações aqui:
a) Para formular o objetivo específico
é necessário compreender as necessidades da congregação;
b) A formulação do objetivo específico
delimita o assunto do pregador, define o rumo em que ele vai seguir.
IV - CLASSIFICAÇÃO DOS SERMÕES QUANTO A
ESTRUTURA
Geralmente os sermões pertencem a uma
dessas três categorias:
. Sermão tópico ou temático.
Trata de um tópico e não de um texto
bíblico em particular. As divisões derivam-se do tópico (ou tema).
. Sermão textual.
Trata do desenvolvimento de um texto
bíblico, um ou dois versículos. As divisões derivam-se do texto.
. Sermão expositivo
Trata do desenvolvimento de um texto
bíblico, geralmente longo. As divisões também se derivam do texto.
1. Sermões
Tópicos ou Temáticos
O que caracteriza o sermão tópico ou
temático é o seu tema derivado do texto, mas as divisões são aleatórias.
Exemplo 1: "A palavra
divina é a verdade" (João 17.17).
Na introdução o pregador mostrou como
podemos crer na bíblia. Ela tem sido comprovada pelos séculos. A argumentação
seguiu a partir daqui: A palavra de Deus é a verdade e isto está provado.
Surgiram as três divisões:
I – PELA HISTÓRIA HUMANA
II – PELA CIÊNCIA
III – PELO SEU PODER
Observe cinco coisas:
1. Acertadamente, a idéia mais forte é
a do último tópico. Grave bem isto.
2. As divisões nada têm a ver com o
texto.
3. As divisões nada têm a ver com
exposição.
4. As divisões derivam-se do tema ou
tópicos.
5. As divisões são aleatórias,
acidentais, arranjadas.
Exemplo 2: "Coisas a
esquecer" (Filipenses 3.13)
I - VITÓRIAS
II - DERROTAS
III - PECADOS
IV - RIXAS
V - SOFRIMENTOS.
1.1 - Vantagens do sermão tópico ou
temático.
a) Possibilita o aperfeiçoamento da
retórica. É o sermão típico dos grandes oradores;
b) É fácil de elaborar, porque a
unidade é construída conforme o desejo do pregador;
c) Agradam a muitos ouvintes
"preguiçosos mentais", porque não exige reflexão;
d) Possibilita que se esgote o assunto
ou que se o encerre de modo completo;
e) Permite a discussão de qualquer
assunto, pois as idéias vêm de fora do texto.
1.2 - Perigos no uso do sermão temático
ou tópico.
a) Negligenciar a exegese da palavra de
Deus não aplicando-a;
b) Atrair a atenção para o pregador. É
a inteligência, argumentação e oratória dele que funciona;
c) Pode levar a alegorização.
1.3 - Cuidados na confecção do sermão
temático ou tópico
a) O tema deve ser claro, específico e
expressivo, pois tudo dependerá dele;
b) Os argumentos devem vir em ordem
progressiva. Inverta as divisões I e III do exemplo 1 e veja o que acontece;
c) Esquematize as divisões em uma das
seguintes maneiras: explanação prova argumentação, aplicação. Esta é a melhor
progressão.
2. Textuais Literais.
É quando as divisões são literalmente
as palavras do texto. Podendo haver ligeira variação dos termos.
Exemplo 1: "Às graças
permanentes" (I Coríntios 13.13)
I - A FÉ
II - A ESPERANÇA
III – O AMOR
Exemplo 2: "Às expressões do
mundanismo" (I João 2.16)
I - A CONCUPSCÊNCIA DA CARNE
II - A CONCUPSCÊNCIA DOS OLHOS
III – A SOBERBA DA VIDA
Exemplo 3: "Cristo, o único
mediador entre Deus e o Homem" (João 14.6)
I - O CAMINHO
II - A VERDADE
III – A VIDA
Na confecção do sermão pode se fazer
perguntas ao texto: Quem? Que? Como? Por que? Para que?
Exemplo 1: "A busca do reino de
Deus" (Mateus 6.33)
O que? (buscar) I – O REINO E A SUA
JUSTIÇA
Quem? (deve buscar) II - VÓS, OS
CRENTES
Quando? (buscar) III – EM PRIMEIRO
LUGAR
Por quê? (buscar) IV - TODAS AS COISAS
VOS SERÃO ACRESCENTADAS.
Exemplo 2: "Dai graças"
(Efésios 5.20)
A quem? I - A DEUS, O PAI
Como? II - EM NOME DE NOSSO SENHOR
JESUS
Quando? III - SEMPRE
Em que circunstâncias? IV - POR TUDO
3. Textuais Livres.
É quando as divisões expressam os
sentidos das palavras do texto em termos diferentes.
Exemplo 1: "A purificação dos
pecados" (I João 1.7)
I - É OBRA DIVINA (de Jesus Cristo)
II - É OBRA PRESENTE (nos purifica)
III – É OBRA PESSOAL (nos purifica)
IV - É OBRA PERFEITA (de todo o pecado)
Há uma expressão chave nas quatro
divisões, qual é?
Exemplo 2: "As Escrituras
Sagradas" (Oséias 8.12)
I - SEU AUTOR (Eu lhes escrevi)
II - SEU CONTEÚDO (As grandes coisas da
lei)
III – SUA REJEIÇÃO (Coisas estranhas)
Observe: a) O título é muito geral
b) Há uma palavra chave nas divisões
c) O sermão é negativo, deve exigir
grande esforço do pregador para dizer algo construtivo.
4. Sermões Expositivos.
Sermão expositivo consiste na
explicação ou explanação de um trecho das escrituras. Não o confunda com
homilia.
4.1 - Suas limitações
a) É difícil manter a unidade e a
concatenação das idéias
b) Os assuntos não são tratados de um
modo lógico e completo.
4.2 - Suas vantagens:
a) Foi o método dos tempos apostólicos
b) Exige estudo sério da palavra de
Deus (é benção para o pregador e é bênção para a igreja – é a melhor maneira de
edificar a igreja)
c) Obriga-se a tratar de assuntos que
de outra forma ficariam esquecidos.
d) Presta-se a uma série de sermões
bíblicos. Aplica-se uma série de passagens doutrinárias, devocionais, evangélicas,
parábolas, milagres, incidentes históricos e séries de sermões.
4.3 - Suas exigências:
a) É necessário determinar o texto. O
texto precede o sermão. Diferença de um sermão temático e um expositivo, neste
sentido.
b) É necessária a exegese do texto. Dá
mais trabalho
c) É preciso descobrir o assunto
principal ou a lição principal
d) As divisões devem se relacionar com
o tema principal
e) Deve-se evitar a multiplicação de
minúcias, de detalhes desnecessários
f) Não gastar tempo demasiado
explicando pontos difíceis
g) Não multiplicar a citação de
passagens paralelas.
Exemplo: "O remédio para a
condição humana" - (Ef 2.1-10)
I - A condição espiritual do homem
natural está descrita em nosso texto sob três figuras:
1. O homem natural está morto -
"morto em delitos e pecados"
2. O homem natural está preso por uma
trindade infernal:
a) Segue o curso deste mundo
b) Vive nos desejos da carne
c) Obedece ao príncipe das potestades
do ar
3. O homem natural é um réu condenado -
"filho da ira"
II - Para esta terrível condição Deus
proveu um remédio adequado que nosso texto descreve em três maneiras:
1. É um remédio de amor – "pelo
seu muito amor com que nos amou."
2. É um remédio de poder – "nos
ressuscitou juntamente com Ele."
3. É um remédio de graça – "porque
pela graça sois salvos."
Conclusão
a) Este remédio nos é oferecido somente
em Cristo
b) Este remédio pode ser nosso pela fé.
c) Os resultados da aplicação deste
remédio serão motivo de contemplação e de louvor a Deus por toda a eternidade
(Veja v. 7)
d) Deve por isso, ser aceito agora
mesmo.
Observe:
a) Bom título (que pode ser melhorado)
b) Nas subdivisões, as palavras chaves
c) A boa estrutura da conclusão
V - O ASSUNTO E O TÍTULO DO SERMÃO
1. Fontes para o assunto do sermão
a) As Escrituras - Durante o estudo
pessoal ou assunto devocional, textos procurados para servir de base a assuntos
previamente escolhidos.
b) A experiência do povo e do pregador.
Problemas humanos concretos.
c) Calendário da igreja, da
denominação, do país.
d) Momento histórico: - Fatos
relevantes acontecidos no mundo. " em quem votar? " (Js 24.15) .
"A eleição do rei" ( Dt. 17.14-20) do Pr Éber Vasconcelos.
2. O título do sermão
É o nome do sermão. É o condensado de
um título, numa expressão.
3. A necessidade de um título
a) Auxilia o pensamento do pregador na
preparação do sermão
b) Auxilia a congregação a entender o
que o pregador quer dizer. É bom que o povo saiba para onde vai andar.
4. Qualidades de um bom título
a) Clareza - Deve permitir que o
ouvinte saiba o que vai ser tratado. O que significa "Prolegômenos
pneumatológicos”?
“Conjunto das noções preliminares de
uma ciência sobre o Espírito Santo”
b) Específico - Não deve ser genérico.
Salvação, Deus, universo, etc.
c) Brevidade - De duas a sete palavras
d) Adequado ao púlpito - Considere-se o
que é a pregação o que é o púlpito e qual o ambiente em que se prega.
e) Relevância - Deve ter relação com a
vida do povo. Qual é o melhor "A vida de José" ou "A fidelidade
de um jovem crente?" O que nos diz mais respeito "como Abraão se
portou" ou "Porque devemos obedecer a Deus”?
f) Originalidade - Um bom: "O
direito de rejeitar a Cristo" (Tiago Lima). Não confunda com
sensacionalismo, irreverência ou vulgaridade.
5. Exemplos de títulos negativos:
a) "O homem que perdeu a cabeça
num baile" (João Batista)
b) "Raposas com lanterna traseiras
acesas" (Sansão)
c) "O pecador está frito" (o
rico Lázaro)
d) "O homem que caiu do
cavalo" (a conversão de Saulo)
6. Como redigir o título
a) Ter em mente que o título vai ser
"dividido". Deve haver um elemento "divisível" no título.
b) Tornar o título em uma preposição.
Exemplo: Sermão em Lc 9.23 (é preciso
morrer), um sermão sobre o discipulado.
7. Como formular o titulo
a) Quais métodos podem ser usados para
conseguir um título agradável?
b) Usando o sistema de palavras-chaves.
Uma palavra que dá rumo à discussão. Em cada divisão, a palavra-chave deve
aparecer.
Exemplo 1
Livro - El Sermon Eficaz (Spanish Edition)
"O poder do evangelho" - Rm
1.16 (Crane pag. 131)
I - O evangelho é poder divino
II - O evangelho é poder salvador
III - O evangelho é poder universal
Exemplo 2
"Os efeitos do companheirismo de
Jesus" At 4.13 (Crane)
I - O companheirismo com Jesus humilha
II - O companheirismo com Jesus
transforma
III - O companheirismo com Jesus
capacita
IV - O companheirismo com Jesus ilumina
V - O companheirismo com Jesus
imortaliza
7.1 Formulando o título em uma
interligação - Uma pergunta expressa o título. As divisões irão respondê-la.
Exemplo 1
"Por que amamos a Deus"? Sl
116.1-8 (Carne)
I - Porque nos escuta quando clamamos
por Ele
II - Porque nos tem livrado da morte
III - Porque nos consola nas
tribulações
IV - Porque nos guarda do tentador
7.2 -Formulado o título de forma
imperativa. O título é uma ordem. Um mandamento. Esta ordem vai estabelecer o
rumo da discussão. Há quatro caminhos a seguir quando se usa um título
imperativo.
1º) O que significa a ordem. Veja o
exemplo de Crane: (p. 134)
"Tem cuidado da doutrina" –
(I Tm 4.16)
I - Ter cuidado da doutrina significa
defendê-la
II - Ter cuidado da doutrina significa
ensiná-la
. Observe: a ordem, se invertida,
melhorará a argumentação.
2º) As razões pela quais se deve
obedecer à ordem dada. Veja o exemplo de crane: (p.135)
"Sede Santos" – (I Pe
1.13-21)
I - Devemos ser santos por lealdade ao
nosso Pai
II - Devemos ser santos por temer o
juízo
III - Devemos ser santos por amor ao
salvador
3º) Como Cumprir a ordem. Veja-se o
exemplo de crane ( p. 135)
" Fazei discípulos de todas as
nações" Mt 28.19
I - Podemos fazê-lo se somos fiéis no
testemunho pessoal no lugar em que o Senhor nos colocou.
II - Podemos fazê-lo se somos fiéis em
orarmos por avivamento mundial.
III - Podemos fazê-lo se somos fiéis em
contribuição para o sustento da obra missionária.
4º) O sermão como o título imperativo
pode ter uma combinação dos métodos descritos. Veja-se o exemplo de Crane ( p.
135)
"Crescei na estatura
espiritual" - II Pe 3.18
(abreviado sem subdivisões)
I - O que significa crescer
espiritualmente?
II - Porque devemos crescer
espiritualmente?
III - Como devemos crescer
espiritualmente?
7.3 Formulando o título em forma de
proposição. O título é uma declaração. Há caminhos pelos quais o pregador pode
enveredar.
1º) O que a proposição significa.
Veja-se este esboço de Spurgeon (citado por Crane, p. 136)
"Ao Senhor pertence a
salvação" - Jn 2.9
I - A origem da salvação pertence ao
Senhor
II - A execução da salvação pertence ao
Senhor
III - A aplicação da salvação pertence
ao Senhor
IV - A sustentação da salvação pertence
ao Senhor
V - O aperfeiçoamento da salvação
pertence ao Senhor
2º) Provar que a proposição é certa.
Veja-se o exemplo de Crane ( p.136)
" A ordem constante do povo do
Senhor é: adiante !" Ex 14.15
I - Ir adiante na obra do Senhor e um
dever iniludível
II - Ir adiante na obra do Senhor é uma
necessidade imperiosa
III - Ir adiante na obra do Senhor é
possibilidade gloriosa
3º) Uma combinação dos dois métodos
anteriores. Veja-se o exemplo de Crane (p. 137-8)
" Nada há perigoso como
cristianismo falso" - Hb 5.1-11
I - Vejamos o que é o cristianismo
falso ( seguem-se 3 sub-divisões )
II - Vejamos o que faz o cristianismo
falso ( idem)
8. Como enunciar o título
a) Antes da leitura bíblica
b) Após a leitura bíblica
c) Após a introdução.
VI - O TEXTO DO SERMÃO
Definição: Texto é a passagem bíblica
que serve de base para o sermão.
1. Necessidade e vantagens do uso do
texto
a) Está de acordo com a natureza da
pregação: ensinar a palavra.
b) É vantajoso para o povo: ouvir a
palavra.
c) Dá autoridade ao pregador: vai falar
da Bíblia
d) Valoriza o pregador: é conhecedor da
Bíblia.
e) Auxilia na variação de assuntos:
"garantia de estoque inesgotável de assuntos"
f) Auxilia na determinação da estrutura
do sermão
g) Leva o povo a crescer no
conhecimento da Bíblia
2. Escolhendo o texto
2.1 Quatro regras negativas:
a) Evite o uso de texto de
autenticidade duvidosa: Jo 8.1-11, At 9.6, I Jo5.7
b) Cuidado com textos obscuros ou
contra vertidos: Rm 7.10-11, I Pe 3.18-20. Escolha textos claros e simples
sobre os quais você pode falar. Se usar texto obscuro e contra vertido,
estude-o muito e fale claramente. Explique e aplique. Sua função é esclarecer e
não obscurecer.
c) Cuidado com textos repugnantes: Jz
3.24, II Pe 2.22 e Ap 3.16
d) Cuidado com textos cuja tradução
seja disputada: Jo 5.39, no caso de usar o verbo no imperativo.
2.2 Seis regras positivas:
a) Escolha um texto que tenha falado ao
coração do pregador
b) Delimitar o texto de tal forma que
contenha uma unidade completa de pensamento
c) Ter em mente as necessidades dos
ouvintes
d) Seguir o calendário cristão na
medida do possível
e) Usar textos de todos os livros da
Bíblia
f) Via de regra, limitar-se a um só
texto para cada sermão. Em caso excepcional, mais de um. Manter a unidade de
pensamento.
3. O texto e a idéia do sermão
O texto bem escolhido é aquele que
apresenta a idéia central do sermão em uma sentença clara e definida.
A idéia do sermão pode ser tirada
diretamente do texto. Por exemplo: Em João 3, "A necessidade do novo
nascimento". Que idéia você tiraria para o Salmo 23 e em João 20?
A idéia do sermão pode ser achada por
referência. Quando Paulo fala sobre carne sacrificada aos ídolos. "A importância
da influência cristã".
Pode ser analogia. Mt 18.15-17 é uma
passagem sobre relacionamento pessoal, mas pode ser usada para falar sobre
"Como evitar a guerra?".
4. O texto e o planejamento da pregação
Deve haver oração e dependência do
Espírito Santo. Estabelecer um programa de ensino. A pregação eclesiástica
contemporânea é dispersiva quanto aos temas. O plano pode ser mensal,
trimestral ou anual. Pode-se usar o calendário cristão, da igreja ou
denominação. Deve-se ter em mente a situação da comunidade e do mundo. Pode
relacioná-los com assuntos da Escola Bíblica Dominical. Estabelecer uma série
de sermões sobre um assunto, uma vez por ano. Pode ser sobre um livro da
Bíblia, uma série de passagens, etc... (Crane 263)
5. A interpretação do texto
Definição: “Interpretação é o esforço
de uma mente em seguir os processos mentais de outra mente por meio de símbolos
que nós chamamos linguagem".
5.1 - Passos na interpretação do
texto
a) Conhecer o autor e sua situação -
Salmos 32 e 51, de Davi.
b) Usar dicionário bíblico.
c) Os leitores e o meio ambiente -
Cartas às igrejas do Apocalipse, o gnosticismo.
d) A ocasião e o propósito do autor -
Tiago e Pedro sobre Abraão.
e) As condições geográficas, políticas,
econômicas e sociais - Maria era noiva de José, mas chamada de esposa.
6. O texto e seu contexto
a) Próximo - O imediato, antes ou
depois
b) Remoto - O livro, a Bíblia sobre o
assunto.
c) Principio da revelação progressiva.
(do pouco claro ao muito claro)
7. O texto e sua análise
a) É preciso conhecer os sentidos das
palavras. É poesia? Linguagem figurada? O uso de dicionários e léxicos. Fee
& Stuart, Entendes o que lês?
b) É preciso recriar, tanto quanto
possível, a vivência da passagem. Conhecer aquela cultura.
d) É preciso entender a relação entre
as palavras. Graça e fé, por exemplo.
8. O texto e suas verdades
a) Enunciar a verdade central em uma
proposição clara e correta
b) Fazer uma lista das verdades
significativas do texto
c) Ordenar as verdades em grupos comuns
d) Aplicar essas verdades às necessidades
dos ouvintes. (Ver Robison, em A Pregação Bíblica, p. 19.)
9. O texto e seu estudo
a) Estudar o texto em várias traduções
em português (VR, BLH, ERAB, BJ, BV, BL)
b) Examinar outras traduções
c) Examinar o texto grego ou hebraico
d) Dar sua própria interpretação
e) Examinar outros recursos na
biblioteca, inclusive comentários
f) Relacionar com a vida de hoje
VII - A ESTRUTURA DO SERMÃO
Como organizar a matéria: Estrutura =
esboço = plano. O material do sermão deve ser disposto em ordem. Isto exige
talento e treino. É necessário a imaginação construtiva. Mas, uma estrutura é
indispensável.
1. A importância da estrutura
a) Para o pregador: Por os pensamentos
nos lugares devidos. A falta de ordem leva à digressão, a repetição e à falta
de clareza.
b) Para os ouvintes: Uma boa estrutura
ajuda: A compreensão - o que foi mesmo que o pastor pregou?
c) A aceitação - é convincente
d) A retenção - é fácil de lembrar.
2. As características de uma boa
estrutura
a) Unidade: Uma só mensagem de cada
vez. Geralmente é preciso decidir o que omitir.
b) Ordem: As idéias devem ter uma
seqüência. Devem caminhar para um clímax.
c) Equilíbrio: Deve haver proporção ou
simetria entre as partes. Às vezes, não dá tempo para concluir.
d) Progresso: O caminho para o clímax é
linear cíclico.
3. Elemento componente da boa estrutura
Dependendo do estilo do sermão, os
componentes sofrem variações. Em regra geral, são:
a) Introdução (exórdio) - apresentar o
assunto e também a linha de raciocínio.
b) Proposição ou tema: O que vai ser
discutido.
c) Divisões.
d) Conclusão (preparação, desafio)
e) Apelo
4. A introdução
Tudo neste mundo tem uma introdução:
entrada, pórtico em casa, peça musical, o prefácio de um livro.
4.1 – Objetivos da introdução
a) Preparar o ouvinte para receber a
mensagem. Os ouvintes estão frios e despreparados.
b) Preparar o ouvinte para entender o
assunto e o propósito do sermão. A "introdução introduz" o assunto do
sermão.
4.2 – Características de uma boa
introdução
a) Interessante, porém não estapafúrdia
nem sensacional nem exagerada
b) Breve, porém não abrupta
c) Apropriada à ocasião, à mensagem.
Deve ter estreita relação com o texto e o tema do sermão
d) Cordial, porém não bajuladora
e) Clara, sem antecipar os fatos. Não
dizer demais logo no início
f) Modesta, não prometer demais. Não
adornar demais
4.3 – Tipos de introdução
a) Introdução textual. Pode preceder a
leitura do texto. Se for um sermão textual, pode e deve ser repetido o texto.
Explicação de fatores de importância relacionados com o texto.
b) Introdução contextual. Os
antecedentes, por exemplo. O caso da parábola do filho pródigo: são três
parábolas sobre a alegria de Deus
Introdução descritiva. A descrição
dramática. Sermão sobre Bartimeu.
Introdução do tópico ou assunto.
Anúncio do assunto e talvez definição de palavras do texto.
c) Introdução de problema. Todo sermão
deve Ter como objetivo a solução de um problema humano, vital e importante.
d) Introdução de objetivo. Sermão sobre
"Regresso à disciplina": "O nosso mundo hoje nos confronta com
pelo menos uma necessidade elementar: A necessidade de disciplina"
e) Introdução de citação. Citação
notável da bíblia, dos jornais, de conversas, da literatura, de poesia, etc.
f) Introdução de ilustração. Leonardo
da Vinci: O quadro da ceia do senhor
Introdução de manchetes. As manchetes
de jornais.
g) Introdução de experiência.
Experiência pessoal do pregador, de outrem. Carta ou entrevista.
h) Introdução de perguntas. "O que
querem vocês aqui?"
i) Introdução de ocasião especial
referência a ocasião especificada.
j) Introdução de estatística. (Cuidado
com "chutes")
Obs.: Nunca usar introdução com
declaração geral, generalidade. "O mundo está em crise". Evite a
banalidade.
4.4 – Orientações práticas
a) Ao iniciar, não peça desculpas.
b) Não procure ser engraçado.
"Sabem por que Pedro traiu a Jesus?"
c) Não "rasgue ceda"
Agradecimentos e salamaleques à parte
d) Não comece com tom fortíssimo
e) Não comece sempre da mesma forma.
Gaste tempo no preparo de uma boa introdução. Seja caprichoso. Fuja das frases
feitas
f) Seja breve ao referir-se "ao
prazer de estar aqui"
g) Evite a introdução "tamanho
único" (serve para qualquer sermão)
h) Cuide bem das primeiras frases. Ou
se ganha ou se perde a atenção aqui
i) Concluída sua introdução, mencione
claramente o tema ou proposição do sermão.
j) Não discuta, na introdução, o
assunto do sermão. Introduza o assunto.
k) Deixe a forma final da introdução
para a parte final da preparação do sermão.
5. As divisões do sermão
5.1 A vantagem das divisões
A divisão do tema assegura a unidade do
sermão. As idéias são colocadas em ordem. Um tema pode ter várias idéias.
5.2 Efeitos
"O que a incredulidade
ocasiona?" Nm 14. 1-11
5.2.1 - A incredulidade denigre o
caráter de Deus
5.2.2 - A incredulidade envilece o
caráter do homem
5.2.3 - A incredulidade prejudica a
obra de Deus
5.2.4 - A incredulidade provoca a ira
de Deus
5.3 Razões que apóiam uma tese
5.3.1 - Somos ricos porque recebemos o
perdão de nossos pecados
5.3.2 - Somos ricos porque os recursos
de Deus estão a nosso favor
5.3.3 - Somos ricos porque as glórias
dos céus nos estão reservadas
5.4 Meios para alcançar um fim
"Os requisitos do crescimento
espiritual" – II Pe 3.18
5.4.1 - Primeiro requisito do
crescimento espiritual é o de uma alimentação adequada.
5.4.2 - Segundo requisito do
crescimento espiritual é o de uma atividade apropriada.
5.5 Significados de algo
"Uma vida digna do evangelho"
Fp 1.27-30
5.5.1 - Uma vida digna do evangelho é
uma vida de paz
5.5.2 - Uma vida digna do evangelho é
uma vida de combate
5.5.3 - Uma vida digna do evangelho é
uma vida de fé
5.5.4 - Uma vida digna do evangelho é
uma vida de amor.
5.6 Perguntas: Que, Quem, Como, Quando,
Onde, Por quê?
Exemplo: "Nossa ordem de
marchar" Ex 14.15
5.6.1 - Por que devemos marchar?
5.6.2 - Como devemos marchar?
5.6.3 – O que nos espera em nossa
marcha?
5.7 Justaposições de dois conceitos:
contrastes ou complementação
"Uma pergunta importante e uma
resposta certa" At 16. 25-34
5.7.1 - A pergunta importante foi
"que devo fazer para ser salvo?"
5.7.2 - A resposta certa foi: "crê
no Senhor Jesus Cristo e serás salvo"
5.8 Aspectos do texto. "Ao fato
central da história do mundo" Gl 4. 4-5
5.8.1 - Ele nos diz que o tempo
escolhido por Deus para enviar Seu Filho ao mundo foi um tempo propício.
5.8.2 - Ele nos diz que o método
adotado por Deus para enviar Seu Filho ao mundo foi um método apropriado.
5.8.3 - Ele nos diz que o propósito com
que Deus enviou Seu Filho ao mundo foi um propósito adequado.
5.9- Desenvolvimento cronológico.
"Deus, o nosso libertador" Rm 11.26.
5.9.1 - No passado
5.9.2 - No presente
5.9.3 - No futuro.
5.10 Problemas = Solução. Uma divisão é
a resposta da outra "A busca humana por Deus" Jo 6.68.
5.10.1 - Para quem iremos nós?
5.10.2 - Tu tens palavra de vida
eterna.
5.11- Conteúdo das divisões. O que se
deve dizer em cada divisão? Como encher cada uma?
5.11.1 - Fazer perguntas à divisão
5.11.2 - Expor ou explicar termos:
Definições, narrações, descrição, provar a tese da divisão, etc.
5.11.3 - Argumentar, responder
objeções, levantar e responder objeções
5.11.4 - Ilustrações Bíblicas e
seculares: Exemplo a imitar e evitar.
5.11.5 - Citações Bíblicas
5.11.6 - Experiências
5.11.7 - Aplicar e exortar
Obs.: Cuidado para não explicar demais,
entrando em minúcias desnecessárias que não coadunam com o propósito do sermão.
Quando citar grego e hebraico, faça-o com jeito para não ser pernóstico. Não
seja pedante não faça citação em outros idiomas.
VIII - ILUSTRAÇÕES
1. Necessidade.
1.1 - É um meio pedagógico eficiente.
1.2 - Auxiliam a memória. O povo se
lembra mais das ilustrações do que das argumentações. Um pastor pediu a vinte
pessoas que escrevessem sobre o que se lembravam do sermão que pregara. Um ou
dois se lembraram do esboço; quase todos se lembraram da história final.
1.3 - Foi o método usado por Jesus para
ensinar. A projeção da parábola do filho pródigo
1.4 - Ajudam a convencer
1.5 - Despertam reação emotiva. Há
histórias a que convém evitar "apelações".
2. Tipos de ilustrações
2.1 - Linguagem pictórica, Metafórica,
Alegorias. Exemplo Jr 2.12-17
2.2 - Histórias ou narrativas. Um fato
histórico. Um incidente, uma experiência, uma parábola, etc.
2.3 – Poemas.
3. Fontes de ilustrações
3.1 - A Bíblia. Material abundante,
familiar, de autoridade, de valor permanente
3.2 - A literatura, Biografias,
Autobiografias, Ficções, Drama, Poesia, Fábula, Mitos e Lendas
3.3 - Experiências pessoais do pregador
3.4 - A história secular, a história
eclesiástica, a história da teologia, a história contemporânea, os jornais e as
revistas
3.5 - A ciência
3.6 - As artes. Histórias de hinos,
citações de livros, versos, estrofes, pinturas, etc.
3.7 - Imaginações do pregador
3.8 - Arquivos de ilustrações.
4. Código de ética para ilustração.
Robert Butler, em "Administração Eclesiástica", V 10, nº 10, nº 2,
pág. 19,20.
4.1 - "Eu resolvi nunca usar uma
ilustração do gabinete de aconselhamento"
4.2 - "Eu resolvi usar ilustrações
que envolvam minha família com muita cautela e consideração"
4.3 - "Eu resolvi evitar a
ilustração muito usada"
4.4 - "Eu resolvi evitar piadas e
histórias que são irreais"
4.5 - "Eu resolvi fugir de
engrandecer a mim mesmo nas minhas pregações"
4.6 - "Eu resolvi nunca pregar
muitas ilustrações"
4.7 - "Eu resolvi apresentar
ilustrações honestas"
4.8 - "Eu resolvi me esforçar para
dar o devido crédito a uma ilustração"
5. Qualidades de uma boa ilustração.
5.1 - Facilmente entendida,
compreensível
5.2 - Pertinente ou apropriada. Ilustra
o ponto em questão ou não?
5.3 – Atual, o mais possível
5.4 - Digna de crédito
5.5 - Breve, geralmente o máximo de 100
palavras
6. Sugestões práticas
6.1 - Não usar número excessivo de
ilustrações. Qualidade, não quantidade
6.2 - Variar a natureza das ilustrações
6.3 - Cultivar a arte de contar
histórias
6.4 - Ser preciso. Cuidado com nomes,
fatos e datas
6.5 - Não exagerar. Não
"aumentar" a ilustração
6.6 - Preparar a ilustração com cuidado
6.7 - Não abusar das ilustrações do
Toninho, da Mariazinha, da Menininha, etc.
IX - A CONCLUSÃO
De grande importância. Põe abaixo ou
salva o sermão. É aonde se chega a uma decisão. Muitas vezes o auditório vê o
sermão se esfumaçar no fim. Não deve ser um amontoado de frases, mas o clímax
do sermão. O ponto alto.
1. Cuidados a tomar
1.1 - Prepare-se, não negligencie.
Esboço visto! "conclusão: O que vier na hora". Pode se esperar algo
do pregador preguiçoso?
1.2 - Evitem a pobreza mental e fuja do
medo de levar os ouvintes à decisão
1.3 - Evite a "conclusão de
afogado": "batendo no ar", para todos os lados
1.4 - O tempo: Não mais de 10% do
sermão
1.5 - Não acrescentem matérias novas,
idéias diferentes
1.6 - Não peça desculpas. É ruim no
início e pior no fim
1.7 - Não conte piadas. É o momento
mais sério do sermão
1.8 - Cuidado com gestos que distraem:
olhar o relógio, fechar a Bíblia, recolher o esboço, falar enquanto folheia o
hinário, buscar um hino a ser cantado, etc.
1.9 - Variem as conclusões, evite
monotonia
2. Qualidades de uma boa conclusão.
2.1 - Ter unidade. Não ser múltipla
2.2 - Devemos ser claras e breves
2.3 - Deve ser pessoal, personalize o
sermão. Cada ouvinte deve saber que está se falando para ele. Deve o ouvinte se
perguntar: "Muito bem, à luz disto, que devo fazer?". Evite o
festival de banalidades: "que possamos ser crentes melhores",
"que Deus nos abençoe". Isto não quer dizer nada.
2.4 - Devemos ser positivas
2.5 - Devemos ser vigorosas (Não quer
dizer violenta agressiva). Deve ter vida, mas deve ser amorosa.
3. Estrutura da conclusão
A conclusão, normalmente, deve conter
um dos três elementos, como estrutura: recapitulação, aplicação, apelo.
3.1 - Recapitulação – A introdução
mostra "aonde vamos". A conclusão "onde fomos". É um
sumário das divisões do sermão.
3.2 - Aplicação – Outra maneira de se
elaborar a estrutura da conclusão é aplicando a mensagem ao ouvinte. O sermão
deve vir todo ele, em seu desenvolvimento sendo aplicado. Aqui a aplicação
estaria fortemente colocada na mensagem.
3.3 - Apelo – Para decisão íntima ou
pública. Toda a conclusão giraria ao redor do apelo, que pode ser para
decisões, consagração, prática das virtudes cristãs, dedicação à obra, etc.
4. Tipos de conclusão
O pregador caprichoso variará as
maneiras de concluir seus sermões. Eis alguns tipos de conclusão:
4.1 - Com poesia ou hino – Que se
encaixe ao conteúdo da mensagem.
4.2 - Com contrate – Sermão sobre a
volta de Cristo: "você será levado ou será deixado?"
4.3 - Com apelo à imaginação – Sermão
sobre o natal: "O último natal"
4.5 - Com final abrupto
4.6 - Com oração
4.7 - Com demonstração – Mostrando como
praticar a verdade pregada
4.8 - Com perguntas – Mas evite a
generalidade ou banalidade de "Será que estamos fazendo isso?"
4.9 - Com a repetição do texto – Mas
levando em conta a necessidade do desafio. Que deve ter em toda conclusão.
X - BONS HÁBITOS NA PREGAÇÃO
A pregação não é apenas o sermão: é
também o pregador. Alguns maus hábitos podem comprometer o sermão. O pregador
deve tomar cuidado para evitar tais costumes e maneirismo.
1. Postura ereta. Não se deite sobre o
púlpito nem se acorcunde.
2. Cuidado com a aparência: O uso de
óculos escuros em recinto fechado e à noite, é triste. O pregador descabelado,
com barba por fazer, colarinho virado, sapatos enlameados, meia verde?
3. Cultive o idioma: A pregação é
comunicação oral. Conheça pelo menos o seu idioma. É sua ferramenta
4. Cuidado com regionalismo:
"Botão, mucidade, cruis de Jesuis, dolze, irrael, etc." etc.
5. Use seu próprio estilo: Seja você
mesmo. Não copie. O uniforme de Saul não coube em Davi.
6. Fale toda a palavra: Não engula os
"r" e os "s" não engula as sílabas finais. Evite as
sujeições "eles tão" ao invés de "eles estão".
7. Aprenda a ler: Pratique a pontuação
correta, dê entonação, viva os diálogos do texto.
8. Fale às pessoas: Olhe para elas.
Paredes, bancos, teto e chão não se convertem nem aprendem.
9. Fale com o corpo: Use expressão
facial condizente. Evite a "cara de mau". Use ambas as mãos. Não
oscile o corpo para trás e para a frente. Tão pouco se levante constantemente
na ponta dos pés. Evite o dedo indicador apontando para o ouvinte.
10. Module a voz: Deve ser de acordo
com o ambiente. Não é o grito. É a consistência e convicção.
11. Evite os vícios de linguagem: -
"né", "intão", "é interessante notar",
"aí", etc.
12. Evite chavões: Como acompanhar um
sermão de 30 minutos com mais de 60 "aleluias" e "glórias a
Deus?"
XI - PRECIOSOS PERTINENETES A
PREGADORES
1. Descanse bem todas as noites e
barbei-se todas as manhãs.
2. Mantenha um coração puro e renove o
colarinho limpo.
3. Em sua vida brilhe a luz do
evangelho e em seus pés sempre brilhe os sapatos.
4. Não deixe passar oportunidades, mas
mande passar seu terno.
5. O mar Cáspio fica bem entre a Europa
e Ásia, mas a caspa fica mau na gola do seu paletó.
6. Seja pobre de espírito, mas não de
vocabulário.
7. Procure a casa dos homens para que
os homens procurem a casa de Deus.
8. Contente-se com o que tem, mas não
com o que é.
9. Perdoe as dívidas dos seus
devedores, mas não se endivide e ganhe os seus credores.
10. Unhas esmaltadas podem ser
criticadas, mas sujas são sempre apontadas.
11. Ir à frente é melhor do que
empurrar para frente.
12. A consistência é mais forte do que
a eloqüência.
13. Busque a Deus antes, para estar
vivo diante dos homens.
PREPARANDO SERMÕES
1. Sermão Topical ou
Temático.
Como já estudamos, o sermão Topical é
aquele cujas divisões são derivadas do Tema. Uma forma lógica e prática para o
desenvolvimento de um sermão Topical é a utilização das perguntas básicas?
Por quê? Quando? Como? Onde? O que?
Obs. Estas perguntas deveram ser feitas
ao texto e não as pessoas.
Confissão
I João 1:9 Se confessarmos os nossos
pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda
injustiça.
I - O que devemos confessar?
A ) Nossos pecados
B ) O Nome de Jesus
C ) O poder de Deus
II - Como confessar?
A ) Com sinceridade
B ) Com fé
III - Quando devemos confessar?
A ) Agora mesmo
B ) Ao ouvir a Palavra de Deus
IV - Qual o resultado da confissão?
A ) Paz
B ) Perdão
C ) Comunhão
Desenvolver o sermão abaixo com as
divisões já definidos, em grupo de 3 alunos .
Tema: O Cristo que não muda
Texto: Hebreu 13:8 Jesus é o mesmo
ontem, hoje e eternamente.
I - O que não muda em Cristo?
II - Por que não há mudança em Cristo?
Desenvolver o sermão abaixo com o tema
e texto definido, em grupo de 3 alunos
Tema : O Cristo Maravilhosos
Texto : Isaias 9:6 E o seu nome será
Maravilhoso.
2. Sermão Textual
Como já estudamos, o sermão textual é
aquele cujas divisões e derivada do texto.
Uma forma lógica e prática para o
desenvolvimento é utilizar as divisões do próprio texto.
A entrada
João 10:9 Eu sou a porta, se alguém
entrar por mim salvar-se-á
I - Eu sou a porta.
A ) Da Salvação
B ) Da felicidade
C ) Estreita
II - Se alguém entrar por Mim
A ) Não há acepção de pessoas
B ) A única entrada
III - Salvar-se-á
A ) Uma decisão própria
B ) Da perdição eterna
Desenvolver o sermão abaixo com as divisões
já definidos, em grupo de 3 alunos .
A postura do cristão
Salmo 1:1 Bem aventurado o varão que
não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores,
nem se assenta na roda dos escarnecedores.
I – Bem aventurado
II - O varão que não anda segundo o
conselho dos ímpios
III - Nem se detém no caminho dos
pecadores
IV - Nem se assenta na roda dos
escarnecedores
Desenvolver o sermão abaixo com o tema
e texto definido, em grupo de 3 alunos
Tema : Olhar para Jesus
Texto: Hebreus 12:2 Olhando para Jesus,
autor e consumador da fé...
3. Sermão Expositivo
Como já estudamos, o sermão expositivo
é aquele cujas divisões estão inseridas no fato narrado. Uma forma lógica e
prática para o desenvolvimento de um sermão é a descrição do episódio.
O encontro com a vida
Lucas 7:11-17
I - A multidão que seguia a Jesus
A ) Pessoas desejosas
B ) Pessoas com esperanças
C ) Pessoas alegres
II - A multidão que seguia a viúva
A ) Pessoas entristecidas
B ) Pessoas sem esperanças
C ) Pessoas inconformadas
III - O encontro da vida com a morte
A ) A vida é uma autoridade
B ) A morte se curva ante a vida
IV - O resultado do encontro
A ) A ressurreição do jovem
B ) A alegria da multidão entristecida
C ) A edificação da multidão que seguia
Jesus
D ) A conversão de muitos
Desenvolver o sermão abaixo com as
divisões já definidos, em grupo de 3 alunos .
A mulher Samaritana
Texto: João 4:1-42
I - O encontro com a mulher
II - O diálogo
III - O testemunho da mulher
IV - O resultado do testemunho
Desenvolver o sermão abaixo com o tema
e texto definido, em grupo de 3 alunos
Tema: A cura de Naamã
Texto: II Reis 5:1-14
Bibliografia
Homilética Prática
Thomas Hawkins
Jurp
Esboços Bíblicos
Adelson D. Santos
Manual para Pregadores
Equipe Sean
Vida Nova
Manual da Escola Dominical
Antonio Gilberto
CPAD
Dicionário de Teologia
Vida Nova
Bíblia Sagrada
Várias versões
Apontamentos de Aula
El Sermon Eficaz (Spanish Edition) [Paperback]
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