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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

CURSO GRÁTIS PARA PREGADORES HOMILETICA




HOMILÉTICA  

INTRODUÇÃO
Texto: Romanos 1.14-16
“Pois sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes; por isso, quanto está em mim, estou pronto a anunciar o evangelho também a vós outros, em Roma”.

1 – Relembrando:

1.1 – O que é à homilética?
É uma ciência cuja arte é a pregação, e que busca como resultado o preparo de um sermão bem elaborado e apresentado.

1.2 – O que estudamos em Homilética 1?
Em Homilética 1 estudamos maneiras técnicas para elaborarmos e apresentarmos um bom sermão. Aprendemos a como nos portarmos no púlpito e como desenvolvermos um sermão. Aprendemos a distinguir e a fazer um sermão temático, textual e expositivo.

2 – Apresentando nossos objetivos em Homilética 2
• Ajudar cada aluno e aluna a se aproximar de seus ouvintes;
• Apresentar os caminhos para se pregar sermões que sejam relevantes aos ouvintes;
• Estudarmos sobre a ética do púlpito.
• Reforçar o aprendizado de Homilética 1.



CAMINHOS PARA ENCURTAR A DISTÂNCIA DO PÚLPITO AO OUVINTE
Há um grande abismo entre o texto bíblico e a realidade do momento: a verdade que o pregador tem a comunicar e as pessoas que estão no templo para cultuar o Senhor e ouvir sua voz. Essa realidade faz do pregador, com sua mensagem, o responsável em unir dois mundos, encurtando a distância entre o púlpito e os ouvintes.
Unir esses dois mundos é um grande desafio.
(Jilton Moraes)

Nosso desejo é fornecer a você leitor caminhos para encurtar a distância do púlpito ao ouvinte, isto é, fazer com que sua mensagem se torne relevante e audível aos seus ouvintes.

Em tempos de relativização da verdade e valorização dos sentimentos, da experiência e do visual, precisamos urgentemente de pregadores que nos ajudem a fundamentar os objetivos da vida na Palavra de Deus, daí a importância da Bíblia no discurso cristão.
Num tempo em que o ser humano não valoriza mais a palavra falada e a palavra escrita, substituindo-as pela palavra demonstrada por meio das imagens, pois o prazer imediato e a satisfação emocional se tornaram o grande alvo a ser alcançado, a metodologia adequada para a pregação bíblica faz-se tremendamente necessária. Reunir um grupo de pessoas para ouvir um discurso religioso por trinta a quarenta e cinco minutos é tremendamente desafiador.
Diante desta realidade que o estimulamos a considerar os caminhos apresentado nesta apostila para que você tenha êxito ao proclamar a Palavra de Deus.


1 – O PREGADOR SACERDOTE

1.1 – SACERDOTE
1.1.1 – O Ministério do Sacerdote
O sacerdote é aquele que entre os hebreus faz ou ministra os sacrifícios a Deus. Entre os gentios também se chamava sacerdote ao sacrificador.
Sumo Sacerdote de Israel (em hebraico כהן גדול, transl. Kohen Gadol) é o nome dado ao mais alto posto religioso do antigo povo de Israel e posteriormente a época do exílio babilônico era também a mais alta autoridade política do país. O sumo sacerdote coordenava o culto e os sacrifícios, primeiro no tabernáculo, depois no Templo de Jerusalém.

Os seus deveres estavam divididos em funções. (Serviço, Ensino, e Oração).
• O primeiro era ministrar (servir) no santuário (na época de Moisés até o rei Davi era no tabernáculo, mas nos dias de Salomão passou a ser no templo).
• Em segundo, os sacerdotes eram responsáveis para ensinar ao povo a lei de Deus (Exemplos: Eli, Esdras, etc.).
• Por fim, quando a nação buscava a Deus, eram os sacerdotes que oravam pedindo direção (Exemplos: Samuel).

A mais exata definição de sacerdote acha-se em Hb 5.1. O sacerdote era “constituído nas coisas concernentes a Deus, a favor dos homens”. Isto quer dizer que ele apresentava ao Senhor coisas, dons, sacrifícios, em fim apresentava ofertas do homem a Deus. O sacerdote é o intercessor do homem diante de Deus. O seu trabalho era realmente oposto ao do profeta, que devia revelar Deus ao homem. Nesta consideração, a idéia fundamental de sacerdote é a de um mediador entre o homem e Deus. O sacerdote apresenta-se entre o homem e Deus, como na verdade aparece o profeta entre Deus e o homem.

Homem -> Sacerdote -> Deus

1.1.2 – O Ministério Sacerdotal de Cristo
O sacerdócio de Cristo é considerado como estável e eterno, não sendo jamais delegado a qualquer outra pessoa (Hb 7.24). E este caráter do sacerdócio é devido ao fato de que o sacrifício de Jesus Cristo é superior aos sacrifícios do Antigo Testamento, pois é completo, espiritual e eficaz para a redenção (Hb 9.12 a 14; 10.11 a 14).
Jesus é o Sumo Sacerdote para todo o sempre, é o sacrificio final e o nosso grande intercessor (Advogado) diante de Deus Pai. Como sacerdote nos ensinou sobre o Pai e sobre o Seu Reino, intercedeu por nós antes de morrer na cruz (Jo 17) e ofereceu a si mesmo como sacrificio pelos nossos pecados (Mt 26.26-28).

1.1.3 – O Sacerdócio Universal
Em Cristo todos os crentes são considerados como sacerdotes; mas o ministro do Evangelho, distinto na verdade do leigo, nunca no Novo Testamento é mencionado como sacerdote. Ele é o presbítero ou o ancião, palavras que têm uma idéia inteiramente diferente. Mesmo o sacerdócio, na referência aos crentes, nunca está associado com os cristãos individuais, mas tem-se em vista a sua capacidade de corporação: “sacerdócio santo” (1Pe 2.5). A verdade fundamental a respeito do sacerdócio no Novo Testamento é esta: O Servo é um sacerdote! Todo servo é um sacerdote.

1.2 – O PREGADOR SACERDOTE
O pregador deve ser por excelência um servo de Deus, e como servo deve ser um sacerdote. O pregador deve como sacerdote mediar entre os homens e Deus.
É possível mediar sem conhecer? É possível mediar sem ter empatia pelo outro? Sim é possível, mas essa mediação é distante, fria, não está carregada de sentimentos pelo outro.
O pregador precisa conhecer seus ouvintes, ser amigo deles, andar com eles, ouvir suas dores, para que o mesmo possa mediar (orar) a favor deles diante de Deus e para que o mesmo possa pregar a Palavra de Deus tendo amor por àqueles que o ouvem. O pregador precisa se identificar com o povo a quem prega.
Quando não existe identificação, não existe paixão e nem compaixão.


2 – O PREGADOR PROFETA

2.1 – PROFETA
2.1.1 – Palavras Usadas Na Bíblia Para Designar um Profeta 

Palavras Hebraicas Aplicadas Aos Profetas
• Ro’eh – Este substantivo, traduzido por "vidente", em português, indica a capacidade especial de se ver na dimensão espiritual e prever eventos futuros. O título sugere que o profeta não era enganado pela aparência das coisas, mas que as via conforme realmente eram — da perspectiva do próprio Deus. Como vidente, o profeta recebia sonhos, visões e revelações, da parte de Deus, que o capacitava a transmitir suas realidades ao povo.
• Nabi’ – Esta é a principal palavra hebraica para “profeta”, e ocorre 316 vezes no AT. Nabi’im é sua forma no plural. Embora a origem da palavra não seja clara, o significado do verbo hebraico "profetizar" é: "emitir palavras abundantemente da parte de Deus, por meio do Espírito de Deus" (Gesenius, Hebrew Lexicon). Sendo assim, o nabi’ era o porta-voz que emitia palavras sob o poder impulsionador do Espírito de Deus. Os profetas falavam, em lugar de Deus, ao povo do concerto, baseados naquilo que ouviam, viam e recebiam da parte dEle.
o No AT, o profeta também era conhecido como "homem de Deus" (ver 2 Rs 4.21 nota), "servo de Deus" (cf. Is 20.3; Dn 6.20), homem que tem o Espírito de Deus sobre si (cf. Is 61.1-3), "atalaia" (Ez 3.17), e "mensageiro do Senhor" (Ag 1.13). Os profetas também interpretavam sonhos (e.g., José, Daniel) e interpretavam a história — presente e futura — sob a perspectiva divina.

Palavra Grega Aplicada ao Profeta
• Prophétes (πρoφήτης) – A palavra grega prophétes, da qual se deriva a palavra "profeta" em português, significa "aquele que fala em lugar de outrem". Neste caso o profeta é aquele que fala em lugar de Deus, ou seja, que fala em Seu nome. Profeta no feminino profetisa pode também significar a pessoa que é capaz de predizer acontecimentos futuros (veja Divinação).

2.2 – O Ministério do Profeta
O profeta é compreendido em todo Antigo Testamento como aquele que fala em nome de Deus. O profeta diferentemente do sacerdote, não ministrava da parte do homem para Deus, mas de Deus para o homem.

Homem <- Profeta <- Deus Todo aquele que fala em nome de Deus, está exercendo ainda que por um tempo pequeno, o ministério profético. Algumas vezes o profeta pode não ser um profeta de oficio ou não possuir o dom profético. Contudo Deus pode usar qualquer pessoa para entregar um recado em Seu nome. Saul, embora não fosse um profeta, profetizou (1 Sm 10.10-12). O profeta de ofício era alguém chamado por Deus que O compreendia, O entendia e então era enviado por Deus para denunciar as injustiças daqueles que tinham o poder nas mãos, fossem eles reis, profetas, sacerdotes, governadores e também anunciar ao povo o juízo de Deus quando este se tornava rebelde, adorando a outros deuses, oferecendo holocaustos sem reverência, tornando-se culpáveis diante de Deus. Contudo o profeta tinha sempre uma palavra de esperança, um chamado ao arrependimento com a promessa de receberem de Deus os benefícios de Sua misericórdia. 2.1.2 – O Profeta Hoje
Hoje quando se fala em profeta logo pensamos em alguém que traz uma revelação do futuro ou uma palavra referente à vida de alguém. Não duvido que Deus possa usar pessoas para falar de revelações do futuro ou mesmo do presente de algumas pessoas.
Entretanto o ministério profético na Bíblia não é caracterizado por essas revelações pessoais. Temos poucas citações de revelações deste tipo na Bíblia.
Na Bíblia o ministério profético é um ministério marcado pela ação política, religiosa e por perseguições. O profeta era o homem que Deus escolhia para denunciar as injustas dos poderosos (reis, sacerdotes, falsos profetas, etc.), os erros do povo (idolatria, avareza, etc.) e anunciar uma palavra de esperança para os que ouviam sua mensagem.
O profeta era caracterizado por ser rejeitado pelo povo e pelos líderes de Israel. Sua rejeição se fazia, não porque eram antipáticos ou ruins de convivência, mas por causa de suas palavras.
O profeta sempre tinha uma palavra que trazia a luz o que todos tinham medo de revelar. Ele não era amado, mas perseguido. Os poucos que o compreendiam, o amavam e o respeitavam.
Onde estão os profetas hoje? Precisamos de pessoas que falem em nome de Deus, que levantem a voz pela justiça, pelo amor, pela paz, pela dignidade... Precisamos de profetas e não de adivinhos evangélicos ou profetas particulares que não transformam a sociedade e que não orientam a igreja; mas que profetizam os desejos de seu coração e daqueles que o ouvem.

2.2 – O PREGADOR PROFETA
Embora não existam mais profetas como antigamente, no sentido de trazer novas revelações ou acréscimos a Revelação Escrita de Deus, isto é, a Bíblia, Deus continua falando através de pessoas. Portanto neste sentido ainda existem homens e mulheres falando em nome de Deus.
Quando se está pregando, todo pregador está exercendo o papel de profeta. Ele está falando em nome de Deus. Ao usar a Palavra de Deus o pregador dá mais sustentabilidade ao seu exercício profético.
É muito importante que o pregador tenha o compromisso de pregar a Palavra de Deus e somente a Palavra de Deus. Não se pode fazer como muitos o fazem por ai... Pregam seus sermões com três divisões: 1 – Começam no texto; 2 – Saem do texto; 3 – Nunca mais voltam para o texto.
Quando se faz isso, o pregador corre o risco de ensinar e falar o que Deus não disse. Portanto o pregador deve entender que sua responsabilidade é muito grande, pois dará conta de todas suas palavras a Deus.
O pregador deve anunciar o que Deus o orientou a proclamar. Ele está ali para falar em nome de Deus e agir se necessário em nome de Deus.
Assim como o profeta do Antigo Testamento, o pregador deve proclamar as bandeiras do Reino de Deus: a justiça, a paz, a misericórdia; denunciando as injustiças, combatendo o pecado, ensinando os homens a viverem na verdade, a valorizar o amor, a solidariedade, a se compadecer dos necessitados e a cuidarem dos órfãos e das viúvas.
Como profeta deve apontar os erros, mas mostrar o caminho de Deus para a salvação.

“O mundo precisa da voz profética que denuncia o erro e aponta o pecado. Os grandes que oprimem os pequenos e os fortes que ameaçam os fracos precisam ouvir dos nossos lábios o “Assim diz o Senhor”. As nossas cidades estão abarrotadas de menores carentes e abandonados, famílias sem teto, trabalhadores sem salário, pobres sem terra... Urge que denunciemos: a injustiça não agrada a Deus e o plano Dele é que o rico e o pobre se encontrem, pois ele fez a ambos (Provérbios 22.2)” – Jilton Moraes.

Entretanto para que o pregador possa ser um bom sacerdote e um bom profeta é necessário que ele tenha empatia por Deus e pelos seus ouvintes. No próximo estudo trataremos desta necessidade do pregador a partir dos modelos de sacerdotes e profetas apresentados na Bíblia.


3 – TENDO EMPATIA

3.1 – O que é empatia?
Empatia é a capacidade de compreender o sentimento ou reação de outra pessoa, imaginando-se nas mesmas circunstâncias.
Capacidade de se identificar com outra pessoa. Faculdade de se colocar no lugar do outro para compreender seus sentimentos e atitudes.

3.2 – Tendo empatia pelos ouvintes
Partindo do ponto de vista que o pregador é um sacerdote, isto é, aquele que intercede diante de Deus pelo povo, se torna óbvio que o pregador precisa ter empatia pelo povo.
O pregador não só fala por Deus, como também representa o homem diante de Deus. O pregador deve conhecer a necessidade e o pecado do seu povo para que possa apontar caminhos de restauração, segundo a Palavra de Deus.
Jesus veio ao mundo para salvar o pecador. Ele era o cordeiro (o sacrifício) e ao mesmo tempo o sacerdote (mediador). Jesus se compadeceu do povo. A Bíblia afirma que ele teve compaixão (Mateus 10.36; Mateus 14.14). O pregador precisa se identificar com a dor de seu povo, se sentir um com o povo.
Paulo disse:

Procedi, para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus; para os que vivem sob o regime da lei, como se eu mesmo assim vivesse, para ganhar os que vivem debaixo da lei, embora não esteja eu debaixo da lei.
Aos sem lei, como se eu mesmo o fosse, não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo, para ganhar os que vivem fora do regime da lei (1 Co 9.20-21).

O que o apóstolo Paulo está afirmando nestas palavras é que ele se identificava com o povo a quem ele iria pregar o Evangelho de Cristo.
Até mesmo o profeta precisa se identificar com o povo para quem está trazendo a Palavra de Deus.
Por exemplo:
 O profeta Isaías está se identificando com o povo. O pecado do povo é o seu pecado. Ele é parte de Israel.
à• Isaías 6.5
 Depois de Jeremias ter anunciado a Palavra de repreensão de Deus, ele diz que choraria em segredo caso o povo não desse ouvido a sua pregação. Este é o choro daquele que ama o povo a quem está pregando, que tem empatia pelo seus ouvintes.
à• Jeremias 13.17
 Jesus era um profeta, mas como profeta também se identificava com o povo, com sua dor. Estes textos mostram que Jesus não era indiferente ao que acontecia com os seus ouvintes.
à• Jesus (Mt 23.37-39; Lc 19.41-44; Jo 11.35)

• TODO SACERDOTE DEVE TER UM POUCO DO SENTIMENTO DE EMPATIA QUE HÁ NO CORAÇÃO DO PROFETA.

3.3 – Tendo empatia por Deus
O profeta é o porta voz de Deus, a pessoa que fala em nome de Deus e autorizado por Deus.
Como já dissemos anteriormente o profeta é normalmente assim chamado por ser aquele que fala de coisas ocultas ao conhecimento do homem. Quando se fala em profeta logo nos vem à mente uma pessoa que faz revelações do futuro ou de segredos da vida de alguém. Contudo afirmamos novamente estas não são as marcas de um verdadeiro profeta de Deus.
Conforme mencionado o profeta traz como marca a luta pela justiça, pela verdade, pela misericórdia, de maneira simples podemos dizer que ele luta pela implantação do Reino de Deus no mundo.
O profeta fala ao homem o que está no coração de Deus. Portanto é necessário que o profeta tenha empatia por Deus e pelo projeto de Deus.
Como falar em nome de alguém se não se tem empatia por ele? Como lutar pela causa de alguém se não se tem empatia pela sua causa?
O pregador que prega a Palavra, mas não consegue entender o coração de Deus se tornará um legalista religioso ou um aproveitador da mensagem. Por isso Jesus nos advertiu para que cuidássemos com o fermento de Herodes (poder, status, o ser glorificado entre os homens) e o dos fariseus (uma religiosidade vazia e injusta para com aqueles que buscam a Deus).
Deus sempre procurou fazer com que seus profetas o compreendessem para que pudessem falar em Seu nome. Somente quem sente empatia pode realmente falar ou descrever o sentimento do outro. Por exemplo:

 Ele profetizou para o reino do Norte. Quando este começou a profetizar, Jeroboâo II (782-753 a.C.) reinava sobre Israel. Este período foi caracterizado por certa prosperidade, mas também por uma falência espiritual. O que sabemos de Oséias é o que consta em seu próprio livro. O tema do livro é o leal amor de Deus por Israel a despeito de sua contínua infidelidade, tema este que é vividamente retratado pela experiência conjugal de Oséias que, após casar-se com Gômer, descobriu que ela era infiel.
àOséias
Por que Deus pediu a Oséias para que se casasse com uma prostituta? Evidentemente Deus desejava que o profeta pudesse sentir a dor que Ele (Deus) sentia. Deus desejava que Oséias falasse de como se sentia traído por Israel, mas era necessário que o profeta sentisse empatia por Deus. Era necessário o profeta se ver no lugar de Deus e sentir a dor de Deus.

 Frequentemente conhecido como o profeta “chorão” ou o “profeta solitário” (por ter recebido ordem de não se casar). Jeremias começou o seu ministério no reinado do bom rei Josias (Rei de Judá), suportando durante seus 40 anos de ministério oposição, espancamento e aprisionamento. Sensível e compassivo por natureza, recebeu de Deus a incumbência de proclamar uma severa mensagem de julgamento. A oposição que recebeu foi cruel e opressora, a tal ponto que mais de uma vez ele quis abandonar sua condição de profeta, continuou entretanto até o final da vida, a proclamar a Palavra de Deus.
àJeremias
Gostaria de destacar uma passagem no ministério de Jeremias que nos revela a ação de Deus para que o mesmo pudesse ter empatia com relação a Deus.
 Lemos nestes versos que Deus mandou Jeremias comprar um cinto novo de linho. O cinto naquela época era algo visto, usado sob os lombos e que manifestava de certa forma a posse de cada um. Alguém que possuía muito bens usava cintos de tecido nobres, enquanto os mais pobres usavam cintos de tecidos mais singulares.
àJeremias 13.1-11
O que Deus queria de Jeremias é que ele comprasse um cinto e andasse com este cinto pela cidade. Como se sentia Jeremias? Orgulhoso e feliz por possuir um belo cinto. Possivelmente as pessoas comentavam: “olhe que belo cinto do profeta Jeremias”.
Depois disto Deus pede para que Jeremias escondesse o cinto na fenda de uma rocha, próximo do rio Eufrates. A fenda de uma rocha se trata de um lugar úmido. Passados algum tempo Deus pede para que o profeta vá buscar o cinto que havia escondido.
O profeta fez segundo tudo quanto dissera o Senhor. Jeremias encontrou o cinto podre, fedendo por causa da umidade.
Deus diz para o profeta: “assim é Israel...” (v. 11). Em outras palavras o que Deus está dizendo para o profeta é: “Eu tinha orgulho e alegria em Israel. Assim como você sentia quando saia com este cinto novo, assim era Israel para mim. Entretanto Israel se tornou minha tristeza, minha vergonha. Por isso estarei julgando Israel”.
O que Deus estava fazendo ao mandar Jeremias comprar um cinto? Deus estava fazendo com que Jeremias pudesse compreendê-lo e dessa forma sentir empatia por Ele. Era necessário que Jeremias falasse por Deus, mas sentindo o mesmo sentimento do coração de Deus, a mesma dor ou pelo menos um pouco dessa dor.

Deus espera que sejamos pregadores profetas, que falemos em nome Dele, mas que possamos falar e agir tendo empatia, sentindo a dor do seu coração pelos pecadores, pela igreja, pela justiça, pela verdade, em fim por tudo que Deus almeja realizar na vida das pessoas e neste mundo. Não podemos pregar bem se nosso coração não estiver sintonizado com o de Deus.

Por que Jesus virou a mesa no templo?
Conforme podemos ler em Mateus 21.12-13, Jesus virou a mesa porque os homens tinham transformado a Casa de Deus, que deveria ser conhecida como Casa de Oração em um local de grande comércio. O texto nos mostra que os animais que deveriam ser oferecido como sacrifícios (pombas) eram vendidos pelos cambistas (homens que visavam lucros) na porta do templo. Transformaram os elementos da adoração a Deus em instrumentos de enriquecimento.
Então devemos fazer a pergunta novamente e reformulada: O que levou Jesus a se revoltar com o comércio na porta do templo (igreja)? Jesus ser irou porque aquela atitude dos homens de negócio feria o coração do Pai. Jesus tinha empatia por Deus e pela sua causa.

O pregador precisa ter empatia por Deus e pelo Seu Reino. Quando tem empatia, existe coragem para denunciar o que está errado, pois a dor do coração de Deus fala mais alto do que o medo dos homens. Quando existe empatia, tem amor pela Igreja de Cristo, a quem o próprio Senhor deu Sua vida.

• TODO PROFETA DEVE TER UM POUCO DO SENTIMENTO DE EMPATIA QUE HÁ NO CORAÇÃO DO SACERDOTE.


4 – COMPROMISSOS DO PREGADOR

4.1 – Compromisso Com O Senhor Da Palavra
Como já dissemos anteriormente é necessário ter empatia por Deus, mas esta empatia precisa estar acompanhada de compromisso. Somente conhecendo a Deus somos capazes de falar em Seu nome e somente tendo compromisso com Deus somos capazes de nos fazer ouvido pelo povo a quem pregamos.
Alguns pontos a ser destacados no compromisso com o Senhor da Palavra.
• O compromisso com Deus começa na entrega da vida a Jesus.
• A pregação autêntica tem os fundamentos de sua teologia respaldados pela experiência de conversão do pregador.
• No púlpito a palavra transmitida não é baseada na sabedoria do pregador, mas na dependência do Senhor – (Isso não anula o dever do pregador estudar).
• Não basta conhecer as Escrituras é preciso conhecer o Senhor das Escrituras.

4.2 – Compromisso com A Palavra do Senhor
Assim como é necessário conhecer o Senhor da Palavra, é imprescindível conhecer a Palavra do Senhor.
Alguns pontos a ser destacados no compromisso com a Palavra do Senhor.
• Cremos que a Bíblia é fonte única de onde podemos extrair os textos básicos dos sermões que pregamos e que, sendo a literatura de Deus e da igreja, é basilar e insubstituível na comunicação capaz de alcançar as pessoas com a mensagem do amor de Deus.
• O pregador já mais deve levar suas dúvidas para o púlpito. Nossa missão é compartilhar a fé e nunca abalar a fé dos ouvintes.
• Quem pretende ser um expositor textual precisa, antes de tudo, ser um pesquisador incansável e um seguidor fiel das Escrituras.
• Não basta conhecer as Escrituras é preciso praticar seus ensinamentos.


4.3 – Compromisso Com Os Limites Do Sermão
Devemos compreender que não conseguiremos transmitir todo o ensinamento da Palavra de Deus em uma única mensagem. É importante reconhecermos que teremos maior êxito no ensinamento se respeitarmos o limite de tempo da mensagem (30 minutos) e os demais limites de um sermão. Quais são os limites de um sermão? O título do sermão, a unidade que é formada pelas divisões do sermão e que devem ter uma lógica com o título do sermão e a escolha do texto adequado e a abordagem adequada do texto escolhido.
Alguns pontos a ser destacados no compromisso com os limites do sermão.
• Ler o texto dentro do seu contexto. (cuidado para não tirar o texto de seu contexto e criar um pretexto).
• Sempre crie um título para seu sermão. Salvo quando você está apenas fazendo uma homília, isto é, uma conversa sobre algum texto com um grupo de pessoas, mas nunca deixe de criar um título quando se for pregar uma mensagem.
• Faça sempre divisões que tenham ligações lógicas com o título do sermão.
Exemplo: Título – O ADORADOR AUTÊNTICO
Divisões – 1. Tem uma experiência pessoal.
2. Anseia pelo encontro com Deus.
3. Valoriza a comunhão com Deus.

4.4 – Compromisso Com Os Ouvintes
O pregador diligente considera a grande importância dos ouvintes na comunicação da mensagem. Ele considera o fato de que, sem ouvintes atentos, nenhuma pregação será relevante.
Alguns pontos a ser considerado no compromisso com os ouvintes.
• O auditório – São crianças, adolescentes, jovens, adultos, mulheres? Somos nós que temos de nos adaptar às condições intelectuais e sociais daqueles que nos ouvem, e não o contrário.
• A ocasião – Natal, páscoa, aniversário da igreja, casamento?
• Ao usar uma ilustração procure se prender a ênfase de seu tema – Não fique dando voltas, contando fatos que não são necessários contar. Isso cansa o ouvinte e o faz perder a vontade de ouvir o resto da mensagem.
• Aprenda a ver seus ouvintes – Jesus enxergava seus ouvintes. Quando percebeu que o povo tinha fome e que já estava entardecendo, mandou os discípulos alimentá-los antes de partirem. Jesus enxergou Zaqueu que estava na árvore, enxergou um homem triste junto ao tanque de Betesda. Jesus era capaz de enxergar a necessidade de um grupo de pessoas, mas também a necessidade de uma pessoa dentro do grupo.

“O sermão que agrada a Deus e verdadeiramente alcança o ouvinte é elaborado e comunicado com o coração: vem do coração de Deus para o coração do pregador, e sai do coração do pregador para o coração do ouvinte” (Jilton Moraes).


5 – PREGANDO COM AUTORIDADE E AUTORIDADE
Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, estavam as multidões maravilhadas da sua doutrina; porque ele as ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas (Mateus 7.28-29).

Maravilharam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas. (...) Todos se admiraram, a ponto de perguntarem entre si: Que vem a ser isto? Uma nova doutrina! Com autoridade ele ordena aos espíritos imundos, e eles lhe obedecem! (Marcos 1.22, 29).

Chegando o sábado, passou a ensinar na sinagoga; e maravilhavam, dizendo: Donde vêm a este estas cousas? Que sabedoria é esta que lhe foi dada? E como se fazem tais maravilhas por suas mãos? (Marcos 6.2).

5.1 – Alguns Pontos A Ser Destacados Em Relação À Atitude Do Povo Para Com A Pregação De Jesus

• O povo admirava a autoridade de Jesus ao ensinar (pregar) – Jesus ensinava em sua própria autoridade pessoal, enquanto os escribas tinham o costume de citar os ensinos de escribas anteriores.
o Os escribas citavam os ensinos sem trazer nada de novo; seus ensinos eram simples repetições e citações de outros mestres.
o Jesus falava com convicção – sabia do que estava falando.
• O povo identificava algo de novo na mensagem de Jesus - Uma nova interpretação da Lei e dos Profetas. Uma postura diferente para com eles (povo).



5.2 – Alguns Passos Que Nos Levarão A Uma Pregação Marcada Pela Autoridade

5.2.1 – Comunhão Com Cristo
Não podemos abrir mão da comunhão com nosso Senhor Jesus Cristo. Na medida em que nossa comunhão com Ele aumenta nos sentimos mais seguros para anunciarmos o que está em Seu coração.
Através da comunhão com Cristo, nos tornamos cheios do Espírito para falarmos em nome de Deus.
Jesus não abria mão de sua comunhão com o Pai, sempre que possível saia para orar (Mt 14.23; Mc 6.46; Lc 9.29; Lc 11.1). Orar para Jesus não era somente expor sua vontade ao Pai, mas ouvir o coração do Pai. Ele mesmo disse: minha comida é fazer a vontade do Pai. É isso que o alimentava a cada dia e o sustentava em seu ministério.
Sua comunhão com o Pai deu autoridade à sua pregação.


5.2.2 – Falar Com Convicção
Jesus falava com autoridade porque tinha convicção de que falava a verdade. Ele conhecia o coração do Pai e conhecia as Escrituras.
Precisamos ter convicção de que o que pregamos é a verdade. Uma vez que temos esta convicção não devemos temer nada.
Para ter esta convicção precisamos além da comunhão (empatia com Deus) muito conhecimento da Palavra de Deus. Nos tornamos mais convictos quando sabemos que pregamos o que a Palavra de Deus ensina.

5.2.3 – Falar Com Entusiasmo
Nenhum comunicador consegue persuadir sem que esteja realmente entusiasmado pelo que comunica. É preciso ter paixão pelo que está falando e pelo que está fazendo. Falar com entusiasmo é falar com paixão.
O pregador da Palavra de Deus tem a mais bela tarefa em suas mãos e não pode fazê-la sem entusiasmo e paixão.


5.3 – Alguns Cuidados Para Não Colocar Em Cheque Sua Autoridade ao ensinar ou pregar
Nunca diga as seguintes frases:
• “Não sou a pessoa capacitada para falar em tão importante ocasião” – Quem sabe não ter capacidade seria mais sincero recusando o compromisso. Se assumiu creia que Deus está te capacitando – Isso pode soar como uma falsa modéstia.
• “Outro e não eu deveria estar aqui, pois sou o menos capacitado” – Essa afirmação deve ser feita no momento do convite somente, não no púlpito. Esta afirmação coloca em cheque sua autoridade para falar – Isso pode soar como humildade fingida.
• “Não tenho o conhecimento que tem o pastor...” – Se não tem conhecimento não deveria estar ensinando.


5.4 – Exerça autoridade sem ser autoritário
A autoridade do pregador vem do Senhor da pregação e da profundidade da experiência que temos com Ele.
Você provavelmente já ouvia a frase: “respeito se conquista e não se impõe”. Podemos dizer que a mesma coisa acontece com relação à autoridade do pregador.
A autoridade do pastor é reconhecida em parte por sua ordenação, contudo ela é firmada por seu exemplo em meio à comunidade. Podemos dizer que não é diferente na vida de outros membros da comunidade. Sua vida com Deus o leva a ser reconhecido no meio da comunidade como um homem ou uma mulher de Deus e uma vez reconhecido (a) suas palavras se tornam significativas na vida da comunidade.
Não se conquista autoridade esmurrando o púlpito, depreciando as pessoas e ofendendo seu auditório; estas atitudes contribuem para criar uma barreira com seus ouvintes. Alguns poderão entender que o pregador quer ganhar as pessoas “no grito”; isto é, ela não sabe realmente o que está falando e tenta convencer através do grito.


5.5 – Respeite seu estilo pessoal, mas busque sempre o equilíbrio
O estilo é pessoal, reflete a personalidade do comunicador. Uns falam com vigor; outros com suavidade. Uns falam alto; outros, baixo. Os mais vigorosos devem estar atentos para não perder a atenção do auditório, por parecerem nervosos e autoritários; e os mais brandos precisam cuidar para não ficar sem ouvintes, por parecerem sem entusiasmo e sem vida.


“Pregar é mais que oferecer um volume de informações importantes e até mais que interpretar corretamente um texto bíblico, ou denunciar a condição pecaminosa do ouvinte. Pregar é colocar-se nas mãos de Deus para que uma nova realidade se descortine diante do ouvinte, e ele seja motivado a seguir os desafios da Palavra de Deus” (Jilton Moraes).



6 – A ESTRUTURA SERMÔNICA

6.1 – Divisões do Sermão
Um sermão bem organizado, dividido corretamente com linhas claras e definidas, é preferível a um que divague por toda a Bíblia, e aborde vários pontos teológicos.
A falta de unidade é um dos maiores responsáveis pela desatenção do auditório. Quando a mensagem começa a ficar confusa e o pregador já não segue uma linha clara de raciocínio, acontece a perda da atenção.
Para facilitar a exposição da mensagem, adotam-se divisões na construção do sermão.
Um sermão é dividido da seguinte maneira:
• Introdução.
• Transição
• Título – (nome que se dá a mensagem).
• Divisões do Tema
o Título 1 – (deve estar ligado ao título dá mensagem)
 Subtítulo (deve estar ligado ao título 1).
§
o Título 2 - (deve estar ligado ao título dá mensagem)
 Subtítulo (deve estar ligado ao título 2).
§
o Título 3 - (deve estar ligado ao título dá mensagem)
• Conclusão

6.2 – As Divisões do Sermão

6.2.1 – Introdução:
A) É a entrada do sermão;
B) O anúncio do que se pretende dizer;
C) Preparada com antecipação;
D) Apresentada com firmeza, segurança e clareza;
E) Breve e interessante;
F) Se possível que fale algo do contexto do ouvinte, isso o atrairá.

Pode-se introduzir com uma ilustração, com uma manchete de jornal, com a declaração direta dos objetivos, ou seja, a necessidades elementares dos ouvintes.
Fontes para ilustração: Texto, contexto, ilustração, testemunho, etc.

6.2.2 – Transição:
Explicação do texto básico (pano de fundo do texto escolhido) e passagem para o tema.

6.2.3 – Título:
Deve ser o resultado do tema (assunto) que deseja falar.
Um título bem elaborado atraí o ouvinte. É lamentável quando o título deixa de cumprir sua função e, em vez de anúncio adequado passa a servir tão-somente de chamariz, isso acontece quando a mensagem não corresponde ao título. Outras vezes o título cai no esquecimento, não tem nada a ver com a mensagem.
• Deve-se dar preferências a títulos que sejam afirmativos ou interrogativos. Evite títulos negativos.
• Lembre-se de que um bom título, por ser o menor resumo da verdade a ser transmitida, deve servir como alicerce sobre o qual será erguida a estruturação sermônica.

6.2.4 – Divisões:
A) As divisões devem ser lógicas, relacionadas com o texto e o tema, separadas umas das outras.
B) Quanto a quantidade? Duas no mínimo e quatro ou cinco no máximo. Melhor que sejam sempre três.
C) Quanto a ordem? Começar do argumento mais fraco.
D) Nesta parte do sermão são apresentadas as provas da verdade que se pretende ensinar.
E) A passagem de uma divisão para outra deve ser feita de maneira sutil. As divisões devem adaptar-se perfeitamente uma à outra e, se possível, proceder uma da outra, em desenvolvimento natural.
F) Nas divisões o pregador deve apresentar aos ouvintes a explanação, contextualização e aplicação da mensagem.
G) Ao fazer uso de ilustrações seja objetivo ao narrá-las, fugindo de quaisquer detalhes que não sejam pertinentes à verdade que está sendo ilustrada.

Muitos costumam anunciar minuciosamente as divisões do sermão. Não é obrigatório, embora seja importante ter essa divisão em mente quando se está pregando.

6.2.5 – Conclusão:
A) É o desfecho final, portanto deve ser muito bem preparada;
B) Deve ser breve;
C) Preparada antecipadamente;
D) Deve apresentar uma recapitulação das divisões;
E) Deve apresentar uma aplicação final e prática.
F) Deve concluir através de apelos veemente para aceitação da verdade;
• Apelo pode ser direto. Afirmação ou pergunta: Ex.: “Você precisa...” “Você que precisa...”.
• Apelo pode ser indireto. Reflexivo: “Gostaria que você pensasse...”.

6.3 – Aplicação
Aplicação "é a arte de persuadir e levar o ouvinte a não só entender a verdade, mas, sobretudo, pô-la em pratica com sua própria vida".
Como e quando usá-la? No final do sermão ou no fim de cada divisão.
Precisamos lembrar que sem aplicação não há pregação.

6.4 – Contextualização
Um dos grandes problemas da pregação hoje é o distanciamento entre a verdade transmitida e a realidade vivida. Sermões começam em Jerusalém, Atenas, Patmos e até no Éden, quando o interesse do ouvinte está em sua cidade natal e, mais precisamente, na localidade onde reside, em seu mundo significativo.
O rádio, a TV e a Internet alcançam facilmente as pessoas e nós, pregadores da Palavra, precisamos ser sábios em aproveitar tais oportunidades para a comunicação da mensagem.
“O mais importante na homilia (pregação) não é a explicação exegética, mas a vivência. Ou seja, relacionar a Palavra com o dia-a-dia das pessoas, suas dificuldades, trabalhos, relacionamentos, dores, tristezas” (Jilton Moraes).


6.5 – A ORDEM DA CONSTRUÇÃO DE UM SERMÃO

1ª FASE – Habilidade para transpor o sem forma e vazio
• Escolhendo uma idéia – Propósito da pregação. É necessário buscar sabedoria do Alto para não se esgotar;
• Buscando um texto bíblico – Sustente o propósito da pregação. Pregação é comunicação da Palavra de Deus, com aplicação para o presente e desafios para o futuro;
• Definindo um plano para pregar – Como vou levar o povo a compreender a mensagem de Deus para eles?

2ª FASE – Empenho para fazer tudo com decência e ordem
• Trabalhando as divisões – O sermão precisa de coerência e lógica.
• Escolhendo as ilustrações – O pregador deve ser hábil em contar histórias quanto sábio em cultivá-las. Elas estão em toda parte.
• Determinando a aplicação e contextualização – aplicar é tornar o sermão prático. Contextualizar é trazer a mensagem para a realidade do ouvinte. Pode ser feito através de perguntas ou afirmações.
• Preparando a conclusão – Um sermão deve terminar bem. Essa é feita somente depois de ter as divisões prontas.
• Elaborando a introdução – Começar bem é muito importante. Essa é feita depois de concluir o sermão, pois somente no fim somos capazes de pensar em como atrair a atenção do ouvinte para a mensagem definida.

3ª FASE – Trabalho para transformar o esboço em um discurso oral
• Aprimorando o esboço – Ter um bom esboço é importante, mas não é tudo. Depois de terminado é necessário lê-lo várias vezes.
• Cuidando do pregador – Para um bom desempenho o pregador deve cuidar do seu físico (repousar bem, alimentar-se bem, evitar ansiedade, cuidar da aparência, vestir-se bem, cuidar da voz).



7 – FAZENDO USO DA CRIATIVIDADE
A falta de criatividade leva o pregador a uma infindável repetição. Ainda que pregue sobre novos textos, repete idéias pela falta de criatividade. Uma boa maneira de avaliar a criatividade no púlpito é pensar nas partes principais do sermão: começo, meio e fim.

• Como começo a pregar?
• Como desenvolvo o sermão?
• Como finalizo o sermão?

Pregadores que começam, desenvolvem e terminam o sermão sempre do mesmo modo tornam-se monótonos para seus ouvintes.
Há recursos homiléticos que possibilitam variedade e criatividade na elaboração do sermão para dar mais vida à comunicação.

7.1 – Variando Os Modelos de Sermões
A criatividade pode ser vista no púlpito pela variação da formas de sermões. Pode se variar entre sermões biográficos (pregar tendo como base a vida de um personagem bíblico), temáticos, textuais, expositivos e monologo narrativo (o pregador conta a história de alguém, mas aqui ele assume o papel desse alguém, para contar sua própria história. Ex.: História de José – o pregador se veste como José e conta sua história).

7.2 – Variando no Propósito básico do Sermão
Pregadores para os quais o sermão só será evangelístico se apresentar os cinco pontos do plano da salvação terão dificuldades de envolver os ouvintes cristãos (os já convertidos), uma vez que o púlpito vai se tornar repetitivo, com a finalidade exclusiva de atingir os perdidos.
Deve o pregador variar entre um sermão evangelístico, devocional/confortador, pastoral, missionário, doutrinário e ético.

7.3 – Fazendo Uso De Recursos visuais
Hoje com a tecnologia o uso de recursos visuais se tornou mais fácil, principalmente para as igrejas que dispõem de computador com equipamento de data-show.
O uso de figuras ajudará a ilustrar certos pontos, mas é preciso cuidado especial para não fugir do foco da mensagem e não colocar um grande esboço para ser projetado em slides, o que tornaria a comunicação enfadonha.

7.4 – Fazendo Uso de Símbolos
A pregação de Jesus é repleta de símbolos, expressos especialmente nas parábolas. Encontramos também símbolos na ordem que nos deu para batizar e celebrar a Santa Ceia.
Os símbolos ajudam na compreensão e na comunicação da mensagem.

7.5 – Fazendo Uso da Música
O emprego de hinos e cânticos dentro de um sermão é um excelente recurso em um tempo quando as pessoas têm menos disposição para ouvir o pregador e são cada vez mais motivadas a participar do louvor cantado.
Quando inserimos música no meio da mensagem, chamamos a este modelo de sermão de “sermão segmentado”.
Qualquer forma sermônica pode ser segmentada com um hino ou cântico.

Obs.: O tempo quando o pregador despendia quase uma hora no púlpito trabalhando apenas a explanação do texto bíblico já passou. Tais sermões, mesmo sendo boas aulas de Bíblia, são incapazes de manter a atenção dos ouvintes de nossos dias.


8 – A ÉTICA NO PÚLPITO
Onde quer que as pessoas estejam, a ética se faz necessária. São os princípios éticos que garantem a boa convivência.
O que vem a ser ética no púlpito? E a forma como o pregador lida com o púlpito e com os seus ouvintes. Algumas áreas que precisam ser destacadas:

8.1 – O Caráter do Pregador
• Seguir os princípios ensinados por Jesus, moldando o caráter segundo o exemplo dele.
• Ser honesto para jamais pregar um esboço de outro pregador como sendo seu.
• Ser humilde a respeito de si mesmo, com a capacidade de enaltecer a vida de alguém que muito lhe marcou a vida, sobretudo em caráter e dignidade.
• Refletir no púlpito o mesmo padrão elevado que deve viver fora dele.
• Ser verdadeiro no uso de ilustrações, jamais apresentando experiência de outros pregadores como se fossem por ele vividas.
• Ter a hombridade de reconhecer erros pessoais ou de sua prática ministerial, de modo voluntário e sem sofrer pressão para fazê-lo.
• Ter comportamento exemplar, tanto na igreja quanto fora dela.

8.2 – Respeito Aos Ouvintes
• Evitar abordar assuntos pessoais dos membros da igreja, citar nomes, dar exemplos pessoais, fazer perguntas que constranjam as pessoas na congregação a responder confirmando ou não uma ação “desejável”, entre outros comportamentos que denotam despreocupação com a liberdade e o bem-estar da igreja como um todo e de seus membros, congregados e visitantes, em particular.
• Evitar o que possa ferir as pessoas, seja em âmbito individual, seja em âmbito coletivo.
• Respeitar os que pensam de modo diferente.
• Preservar em sigilo experiências de aconselhamento pastoral, e não usá-las como exemplo em sua pregação.
• Evitar criticas a outras igrejas e pregadores com ações ou palavras.
• Nunca pedir a dizimistas ou contribuintes de determinada campanha para ficarem em pé ou levantarem a mão.
• Não usar palavras impróprias no púlpito por serem agressivas, vulgares e desprezíveis.

8.3 – A Teologia do Pregador
• Expor a Palavra de Deus, sem deturpar o que nela está escrito.
• Ministrar a verdade bíblica corretamente.
• Observar os princípios bíblicos e as práticas aceitos pelo grupo denominacional a que pertence.
• Expor a Palavra, somente a Palavra e nada mais que a Palavra.

8.4 – Obediência a Deus Acima de Qualquer Outra Coisa
• Apresentar a verdade de Deus sem medo de ferir interesses pessoais ou eclesiásticos.
• Manter o compromisso de expor a Palavra de Deus, sem utilizar o púlpito segundo os seus próprios interesses.
• Deixar-se usar pelo Espírito Santo como simples instrumento com vistas a pregar com equilíbrio, para que a mensagem alcance os ouvintes e produza resultados.
• Expor a Palavra de Deus isenta de preconceitos religiosos ou denominacionais.

8.5 – Trajar-se Adequadamente
Durante muito tempo, o traje formal foi considerado como o único adequado ao púlpito. Um home precisava usar paletó e gravata. Esse tempo findou. Nenhum pregador precisa usar terno para estar bem vestido no púlpito. O trajar-se adequadamente tem que ver com o costume da comunidade onde pregamos. Quando for convidado para pregar em uma igreja em que a liderança preserva o hábito de usar paletó e gravata, faça o mesmo para não destoar.
Não queira ser você o revolucionário na igreja convidada, respeite a liderança da igreja; qualquer mudança que pretenda implantar faça na sua igreja e não na igreja alheia.
De igual modo, quando ocupar o púlpito em igrejas mais informais, traja-se esportivamente, para estar em sintonia com a liderança da igreja a qual esta visitando.

9 – O PROPÓSITO DA PREGAÇÃO
A pregação não é uma aula, muito menos um discurso de retórica, embora semelhante, contudo a pregação tem um propósito maior do que ensinar e trazer conhecimento as pessoas. Seu propósito é a transformação de vidas. Se a mensagem não provoca uma mudança na vida das pessoas, não é pregação bíblica.
Nem sempre a mudança é imediata, às vezes o processo de transformação é lento, mas a mensagem tem que ter como propósito maior a transformação de vida.
Para isso precisamos ter consciência de que somos servos de Cristo e como pregadores de Sua Palavra devemos anunciar as boas novas e conduzirmos o rebanho à maturidade.

·                     Ao anunciarmos as boas novas do evangelho estamos transformando vidas. Tirando-as das trevas para a luz e cumprindo a ordem que Jesus Cristo nos deu – “ide e pregai o evangelho a toda criatura”.
·                     Ao conduzirmos os cristãos a maturidade estamos transformando vidas. Tirando da infância e tornando-as adultas. Desta forma também cumprindo a ordem deixada por Jesus de fazermos discípulos.
Paulo nos ensina que profetas, pastores e mestres receberam a tarefa do Senhor para edificar o Corpo de Cristo, levar o povo à maturidade, promover a unidade da fé e atingir a plenitude de Cristo. Isso é transformar vidas (Ef 4.8, 11-16).
Nossa missão como pregadores é levar a Palavra a toda criatura. O convencimento cabe ao Espírito, mas a exposição da Palavra cabe a nós. Devemos fazer nossa parte com eficiência e zelo. Somos o canal de comunicação de Deus para com Seu povo, e devemos eliminar toda interferência para que as pessoas possam ouvir somente a Deus.
Na busca de pregarmos uma mensagem que transforme vidas devemos considerar duas ações facilitadores nesta tarefa.


1 – Enfatizar a ação divina na solução dos problemas
A transformação de vida desejada por você será facilitada quando seus ouvintes encontrarem em sua mensagem a ação divina para seus problemas. Uma mensagem que aponte para Deus levará os ouvintes a uma reflexão ou até mesmo a uma decisão por Deus.

Vejamos um exemplo:

Você diz aos seus ouvintes durante sua mensagem: “Você será tentando. Todos somos tentados. Como você irá lidar com a tentação?”

Vamos analisar duas respostas possíveis a esta pergunta.

Primeira: “Creia que você é capaz de vencer a tentação. Você é um vencedor”.
Essa resposta irá com certeza tornar seus ouvintes mais confiantes em si mesmos.

Segunda: “Creia que Deus te dará forças para vencer a tentação quando ela vier. Deus irá diminuir a intensidade dela para que você se torne vencedor sobre a mesma”.
Essa resposta irá com certeza tornar seus ouvintes mais confiantes no poder de Deus para ajudá-los a vencer.

Na segunda resposta você enfatizou a ação divina e orientou seus ouvintes para que olhassem para Deus como solução de seus problemas.
Uma mensagem forte, relevante, bíblica está completamente voltada para Deus, e não para o ser humano, a criação.

2 – Deixar a mensagem o mais pessoal possível
Quando a mensagem é bem pessoal, direcionada, fala mais profundamente ao coração do ouvinte. Em vez de dizer “Jesus veio para salvar a humanidade”, diga “Jesus veio para salvar a mim e a você”.
Uma mensagem impessoal acaba se tornando uma mensagem abstrata, distante do ouvinte.
Esse mesmo princípio pode e deve ser aplicado nos títulos e subtítulos da mensagem.

Por exemplo:

“O Amor de Deus Pela Humanidade”
            - Foi Provado Quando Deus Enviou Seu Ao Mundo
            - Foi Provado Quando Jesus Morreu Pelos Pecadores

Vejamos a diferença quando tornamos mais pessoal.

“O Amor de Deus Por Mim e Por Você”
            - Foi Provado Quando Deus Enviou Seu Filho Por Mim e Por Você (Nós)
            - Foi Provado Quando Jesus Morreu Por Mim e Por Você (Nós)

As pessoas precisam restaurar a fé e a esperança. Precisam revigorar o amor. Ao elaborar sua mensagem, lembre-se de quão simples e profundas eram as mensagens de Jesus.  Assim também pregava Paulo, apesar de sua erudição:

1 Co 2.1 e 4 – Eu mesmo, irmãos, quando estive entre vocês, não fui com discurso eloqüente, nem com muita sabedoria para lhes proclamar o mistério de Deus. (...) E a minha pregação foi muito simples, não com abundante oratória.

3 comentários:

  1. Muito bom este ensino! estou maravilhado, louvando a Deus por mim dar esta oportunidade de poder aprender um pouco mais da sua palavra.

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CHARLES 1

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CHARLES E BRUNO

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KASSIO PASTOR CHARLES

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CHARLES E KASSIO

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PASTOR E CHARLES

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